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II Guerra Mundial
Introdução
A Segunda Guerra Mundial, iniciada setembro de 1939, foi a maior catástrofe provocada pelo homem em toda a sua longa história. Envolveu setenta e duas nações e foi travada em todos os continentes (direta ou indiretamente). O número de mortos superou os cinqüenta milhões havendo ainda uns vinte e oito milhões de mutilados. à difÃcil de calcular quantos outros milhões saÃram do conflito vivos, mas completamente inutilizados devido aos traumatismos psÃquicos a que foram submetidos (bombardeios aéreos, torturas, fome e medo permanente). Outra de suas caracterÃsticas, talvez a mais brutal, foi a supressão da diferença entre aqueles que combatem no fronte e a população civil na retaguarda. Essa guerra foi total. Nenhum dos envolvidos selecionou seus objetivos militares excluindo os civis. Atacar a retaguarda do inimigo, suas cidades, suas indústrias, suas mulheres, crianças e velhos passou a fazer parte daquilo que os estrategistas eufemisticamente classificavam como "guerra psicológica" ou "guerra de desgaste". Naturalmente que a evolução da aviação e das armas autopropulsadas permitiu-lhes que a antiga separação entre linha de frente e retaguarda fosse suprimida.
Se a Primeira Guerra Mundial provocou um custo de 208 bilhões de dólares,. esta atingiu a impressionante cifra de 1 trilhão e 500 bilhões de dólares, quantia que, se investida no combate da miséria humana a teria suprimido da face da terra. Aproximadamente 110 milhões de homens e mulheres foram mobilizados, dos quais apenas 30% não sofreram morte ou ferimento. Como em nenhuma outra, o engenho humano foi mobilizado integralmente para criar instrumentos cada vez mais mortÃferos, sendo empregados a bomba de fósforo, a napalm e finalmente a bomba polÃtica de genocÃdio em massa, construindo-se campos especiais para tal fim.
Causas Gerais
"... a decisão de qualquer guerra nem sempre deve ser considerada como um caso absoluto: muitas vezes o Estado vencido vê na sua derrota um mal transitório, a que as circunstâncias polÃticas ulteriores poderão fornecer um remédio." - Clausewitz
Diplomáticas
Quase todos os historiadores concordam que a causa diplomática mais profunda da Segunda Guerra Mundial tem sua origem no Tratado de Versalhes, assinado entre as potências vencedoras da Primeira Grande Guerra (Estados Unidos, Inglaterra, França) e as Vencidas (a Alemanha e a Ãustria). A Alemanha se viu despojada da Alsácia-Lorena (que havia conquistado na guerra franco-prussiana de 1870), como teve de ceder à Polônia uma faixa de território que lhe dava acesso ao Mar Báltimo (o chamado "corredor polonês"). A cidade alemã de Danzig passaria ao controle da Liga das Nações e o território do Sarre, rico em carvão foi cedido por um perÃodo de 15 anos à França. Também foi vedado a Alemanha possuir um exército superior a 100 mil homens exigiu-se a desmilitarização da Renania (Região fronteiriça com a França), assim como o desmantelamento das fortificações situadas a 50 Km do Reno. Viu-se compelida a entregar todos os navios mercantes cuja tonelagem ultrapassasse a 1.600 toneladas e ceder gado, carvão, locomotivas, vagões, cabos submarinos, etc. A quantidade da sua dÃvida para com os aliados foi fixada na Conferência de Bologne (21 de junho de 1920) em 269 bilhões de marcos-ouro a serem pagas em 42 anualidades. Não poderia desenvolver pesquisas bélicas, possuir submarinos ou realizar projetos militares (aviões, canhões, etc.). O velho Império Austro-Húngaro foi desfixada na Conferência de Bologne (21 de junho de 1920) em 269 bilhões de marcos-ouro a serem pagas em 42 anualidades. Não poderia desenvolver pesquisas bélicas, possuir submarinos ou realizar projetos militares (aviões, canhões, etc.). O velho Império Austro-Húngaro foi desmembrado pelo tratado de Paz de St. Germain-en-Laye, onde teve que entregar o Tirol do Sul para a Itália, reconhecer a Independência da Hungria, Techcoslováquia, Polônia e Iugoslávia, Polônia e Iugoslávia, além de lhe ser vedada a união com a Alemanha. A Ãustria foi proibida de possuir um exército superior a 30 mil homens.
Estas sanções aplicadas pelos vencedores tornaram-se fonte de amargos rancores, que facilmente foram explorados pela extrema direita nacionalista (nazistas e capacetes-de-aço, que começam a proliferar na Alemanha em 1919). O grande erro do Tratado de Versalhes foi ter ferido profundamente o sentimento nacional dos alemães, e, por outro lado, não lhes ter suprimido o potencial industrial. Com seus 65 milhões de habitantes e sua tradição militar, a Alemanha fatalmente viria reivindicar o seu lugar no rol das potências européias. Os diplomatas burgueses se esqueceram da lição do Congresso de Viena (1815), quando os vencedores de Napoleão procuraram não humilhar a França, a nação mais povoada da Europa Ocidental naquela época.
Esta contradição entre potencial demográfico e industrial e o não reconhecimento diplomático de um estatuto privilegiado para a Alemanha, terminaram por fazer com que a ascensão de Hitler fosse possÃvel.
O novo sistema defensivo: os aliados ocidentais, principalmente a França, ao estimularem o surgimento de novos estados-nacionais na Europa Centro-Oriental, visavam substituir a Rússia (então em plena guerra civil) como um fator de dissuasão para qualquer tentativa alemã de agressão. A Tchecoslováquia e a Polônia assinaram tratados de defesa mútua com a França e com a Inglaterra, Esperava-se que estes dois paÃses obrigassem os alemães a lutar em duas frentes - como ocorreu durante a Primeira Guerra Mundial - caso tentassem repetir o erro de 1914. A França por sua vez, iniciou a construção da "Linha Maginot" um complexo sistema defensivo que partia da fronteira suÃça até a um complexo sistema defensivo que partia da fronteira suÃça até a da Bélgica. Desta forma esperava evitar um ataque de surpresa por parte de seu poderoso vizinho. No entanto os efeitos morais e psicológicos desta atitude, tiraram-lhe qualquer alternativa ofensiva, limitando-se a ter que agir caso os alemães o fizessem primeiro.
A Inglaterra, no perÃodo entre-guerras, tornou-se cada vez mais apaziguadora, segura de ser uma ilha e de possuir a mais poderosa frota naval do mundo dando-lhe proteção suficiente caso houvesse um novo conflito. Os Estados Unidos voltaram nos anos vinte a adotar a polÃtica do isolacionismo, não querendo envolver-se nas querelas dos paÃses europeus. Estas ambigüidades e atitudes defensistas seriam habilmente exploradas por Hitler na década dos anos trinta.
Econômicas
A crise econômica que se abate sobre o sistema capitalista mundial a partir de 1929, vai ser o fator mais poderoso para que um novo arranjo do poder em escala mundial seja pleiteado. A crise levou os paÃses capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira guerra tarifária. A produção mundial, reduziu-se em 40%, sendo que a diminuição do ferro atingiu a 60%, a do aço 58%, a do petróleo 13% e a do carvão 29%. O desemprego grassou nos principais paÃses industrializados: 11 milhões nos Estados Unidos, 6 milhões na Alemanha, 2 milhões e meio da Inglaterra e um número um pouco superior na França. Não está longe da verdade o fato ter provocado a aflição e o desemprego em mais de 70 milhões de pessoas (contando-se os seus dependentes). Como a economia já estava suficientemente internacionalizada (com exceção da URSS que se lançava nos Planos Qüinqüenais) todos os Continentes foram atingidos, aumentando ainda mais a miséria e o desemprego. A América Latina por exemplo teve que reduzir em 40% suas importações e sofreu uma queda de 17% em suas exportações. à nesse contexto caótico que a Alemanha no Ocidente e o Japão no Oriente vão tentar explorar o debilitamento de seus rivais. Uma nova luta por mercados e novas fontes de matérias-primas levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.
A conjuntura externa caótica e a situação interna de desespero conduzem Hitler ao poder na Alemanha em 1933. Atuando implacavelmente, em menos de um ano sufocou todos os movimentos oposicionistas (sociais-democratas, comunistas e liberais) dando inÃcio à "Revolução Nacional-socialista" que tinha como objetivo fazer a Alemanha retornar ao grau de potência européia. Naturalmente que para tal era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do "espaço vital", como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendia-se necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais, Hitler coloca-se como campeão do anti-comunismo a nÃvel mundial, assinando com o Japão (novembro de 1936) e com a Itália (janeiro de 1937) o Pacto Anti-Comintern - cujo fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possÃvel, atacá-la.
O Japão, que igualmente passa por convulsões internas graves, dá inÃcio em 1931, a uma polÃtica externa agressiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se mostram impotentes para superar a crise econômica. Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, dando inÃcio ao longo conflito na Ãsia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses norte-americanos na Ãsia (Filipinas) e levar à guerra contra os Estados Unidos.
Os Antecedentes Imediatos- A Guerra Civil Espanhola
Nas eleições de 1936 a Frente Popular vence as eleições na Espanha. Em 18 de julho, os generais Mola e Francisco Franco rebelam-se contra a República, representando a coligação de forças conservadoras (a direita monarquista, a Igreja católica, e os grupos fascistas da Falange Espanhola) iniciando a guerra-civil que durou dois anos e nove meses. Enquanto a França e a Inglaterra optaram pela polÃtica de não intervenção, Hitler e Mussolini auxiliaram abertamente os nacionalistas de Franco (Legião Condor e Grupo de Tropas Voluntárias). Os republicanos, cada vez mais isolados, pediram apoio à URSS. Devido à distância, e ao bloqueio naval, o auxÃlio soviético não consegue equilibrar a situação a favor dos republicanos, que terminam por ser derrotados em março de 1939. Esta guerra serviu para Hitler experimentar sua estratégia da blitzkrieg (avanço de carros de combate conjugados com bombardeios aéreos maciços) e detectar a indecisão e fraqueza dos aliados ocidentais. Enquanto que para Stalin, serviu de lição, não podia se envolver num enfrentamento direto com a Alemanha.
A crise dos Sudetos e o Acordo de Munique
A ascensão de Hitler ao poder e seu nacionalismo exacerbado fizeram com que os alemães que habitavam paÃses vizinhos, entrassem em ebulição, desejando integrarem-se na Grande Alemanha. Já em março de 1938, Hitler havia anexado a Ãustria (Anschluss), tornando-a provÃncia do Reich. Com isso a integridade territorial da Tchecoslováquia ficou ameaçada. A Sudetolândia, região fronteiriça com a Alemanha, possuÃa uma população de origem germânica que perfazia 65% dos habitantes, apesar de legalmente pertencer a Tchecoslováquia desde 1919. à justamente nesta região que os Tchecos tinham seu sistema defensivo, nos moldes franceses. Hitler começa a exercer pressão junto ao governo tcheco para anexá-la. O perigo de guerra torna-se iminente. Neste exato momento, Chamberlain, primeiro-ministro conservador da Inglaterra e Daladier, Presidente da França, propõem encontrar-se com Hitler em Munique. O Acordo de Munique terminou com uma estrondosa vitória dos nazistas, pois receberam o acordum para poder ocupar a Sudetolândia em troca de uma simples promessa de paz - que não seria cumprida. Esse acontecimento convenceu Hitler ainda mais da debilidade dos aliados ocidentais, estimulando-o a reivindicar a plena integração do "corredor polonês" ao Reich. Em março de 1939 a Tchecoslováquia deixa de ser independente, transformando-se no "Protetorado da Boemia e Morávia".
O Pacto Germano-Soviético
Para poder invadir a Polônia, havia a necessidade da neutralização de uma das potências vizinhas da Alemanha. A Inglaterra e a França já haviam cedido a Tchecoslováquia e provavelmente iriam à guerra se a Polônia fosse invadida. Qual a reação da URSS? Hitler, veterano da Primeira Guerra Mundial sabia que a Alemanha não poderia repeli-la, isto é, ser obrigada a lutar simultaneamente, no Ocidente e no Oriente. Assim pensou em fazer um acordo com Stalin, temeroso que uma invasão (os exércitos russos haviam sido desbaratados pelos alemães entre 1914/16) pusesse abaixo as conquistas industriais da Rússia Soviética, não hesitou. A recente demonstração de fraqueza da Inglaterra e França, fez com que estendesse sua mão calorosamente ao maior adversário do comunismo. Em agosto de 1939, é assinado o Pacto de não agressão germano-soviético, cujas cláusulas secretas implicam na partilha da Polônia, reconhecendo a hegemonia soviética sobre os Estados Bálticos (Letonia, Estonia e Lituania). A estrava da guerra estava aberta.
A Ofensiva do Eixo 1939-1942
A 1ª Fase da Ofensiva Nazi-fascista
Em setembro de 1939, as tropas alemães cruzam a fronteira polonesa e marcham em direção a Varsóvia que será a primeira capital européia a conhecer as agruras do bombardeio aéreo. Apesar dos esforços, os poloneses não têm condições de deter a poderosa máquina militar germânica. Pela primeira vez é utilizada em larga escala a estratégia da blitzkrieg - a "guerra relâmpago" - maciças operações com divisões blindadas que atuam como pinças, encurralando o inimigo, isolando-o em bolsões, para posteriormente levá-los ao esmagamento ou à rendição. A Inglaterra e a França enviam ultimatos, exigindo a retirada imediata das forças alemãs do território polonês - dando-lhes um prazo de vinte quatro horas - findo os quais automaticamente se declarariam em guerra com a Alemanha. A 3 de setembro, chegam a Chancelaria alemã as declarações de guerra. A Polônia resistiu por pouco mais de um mês, terminando por render-se incondicionalmente.
Qual a razão da Inglaterra e principalmente a França, não terem aproveitado o momento em que o grosso das forças alemãs atuavam na Polônia e iniciarem uma ofensiva pelas desguardadas fronteiras ocidentais? De certa forma, a Primeira Guerra Mundial condicionou os aliados ocidentais a acreditarem que a Segunda seria semelhante. Isto é, os alemães atacavam, os franceses se defendiam e finalmente levariam o inimigo ao esgotamento. Nem a França nem a Inglaterra estavam preparadas para a nova dinâmica da guerra, que ao contrário da Primeira, se caracterizava por sua extraordinária mobilidade, propiciada pelo desenvolvimento dos blindados e da aviação de bombardeio. Durante nove meses as tropas anglo-francesas esperaram o ataque alemão, dando um tempo precioso para que Hitler não só liquidasse com a Polônia como ocupasse mais 500 mil Km2 antes de voltar suas forças contra eles. Em abril de 1940 as divisões alemãs ocupam a Dinamarca (praticamente sem resistência) e a Noruega - onde conseguem expulsar um corpo expedicionário anglo-francês em Narvik. A ocupação do Frente Norte, deveu-se a necessidade de evitar uma ofensiva inglesa pelo Báltico, como também preservar o abastecimento de matérias-primas estratégicas vindas da Suécia. Em maio de 1940, os PaÃses Baixos são atacados. A Holanda é invadida no dia 15 e a Bélgica treze dias depois.
A queda da França
Até então os nazistas haviam enfrentado paÃses pequenos e de poucos recursos humanos e materiais, quase sem tradição militar. Esperava-se que a França fosse resistir com mais eficiência, pois contava igualmente com a colaboração de um corpo expedicionário britânico. Vis a vis, os exércitos franceses tinham um número equivalente em homens, tanques e aviação, além de terem sido vitoriosos em 1914/18. No entanto, a catástrofe francesa foi ainda maior pelo inesperado arrojo das tropas alemãs.
Os franceses haviam concentrado suas mais eficientes tropas na fronteira com a Bélgica, pois fora dali que os alemães iniciaram a invasão em 1914. Estavam confiantes na segurança que a Linha Maginot lhes dava e se preocuparam com a região das Ardenas, ocupadas por florestas e extremamente acidentada. Por via das dúvidas colocaram à saÃda da floresta, um dos seus menos capazes exércitos, o 9º. Foi exatamente nessa região que se deu o golpe de força alemão dividindo o exército francês em dois, fazendo com que o flanco esquerdo se retirasse juntamente com o corpo expedicionário britânico para a costa do Atlântico. O pânico estabeleceu-se na retaguarda francesa. Milhares de refugiados entupiam as estradas e impediam o deslocamento de tropas necessárias para tapar as brechas. A estrada para Paris abriu-se para os alemães. Enquanto isso, mais de seiscentos mil homens estavam sitiados na Linha Maginot, assistindo impotentes o desastre militar e polÃtico de seu paÃs. O exército francês pulverizou-se em menos de três semanas, surpreendendo inclusive os alemães. As tropas nazistas desfilam por Paris em 14 de junho e cinco dias depois alcançam a costa atlântica. Dia 22 de junho ocorre o armistÃcio de Compiègne, onde a França se rende. O paÃs é dividido em duas zonas, uma ocupada pelos alemães, outra pelo governo colaboracionista do Marechal Petain. O espÃrito derrotista contaminou o paÃs, fazendo com que somente o Gen. De Gaulle pregasse a necessidade da continuação da luta. As restantes tropas anglo-francesas conseguem evitar a destruição completa graças a evacuação de Dunquerque. Apesar da catástrofe francesa a Inglaterra, agora sob a liderança de W. Churchill, promete continuar na guerra até a vitória final ("sangue, suor e lágrimas").
A determinação da Inglaterra
em continuar na luta
"Embora grande parte da Europa e antiquÃssimos e famosos Estados hajam caÃdo ou possam ainda cair nas garras da Gestapo e de todo o odioso aparato do domÃnio nazista, não haveremos de ceder nem fracassar. Iremos até o fim: lutaremos na França, lutaremos nos mares e oceanos, lutaremos com crescente confiança e poderio, no ar; defenderemos nossa Ilha custe o que custar; lutaremos nas praias, lutaremos nos aeropódromos, lutaremos nos campos, nas ruas e nas colinas; jamais nos renderemos, e mesmo que - o que não creio sequer por um momento - esta Ilha ou uma grande parte dela seja subjugada e esteja passando fome, nosso Império de além-mar, armado e guardado pela esquadra britânica, continuará a lutar até que, quando Deus quiser, o Novo Mundo, com toda a sua força e poderio, se ponha em marcha para socorrer e libertar o Velho."
Discurso de Churchill na Câmara dos Comuns em 4 de julho de 1940, após a retirada das forças anglo-francesas de Dunquerque e doze dias depois da rendição da França.
A Expansão da Guerra pelo Mediterrâneo,
Ãfrica e Balcãs.
Quando a sorte da França já estava praticamente selada, a Itália lhe declarou guerra (10 de junho de 1940) propiciando aos franceses suas únicas e inúteis vitórias contra as potências do Eixo. Tropas italianas estabelecidas na LÃbia penetram no Egito em setembro de 1940 donde são rapidamente expulsas pela contra-ofensiva britânica que lhes abocanha a Cirenaica (LÃbia Oriental). A situação desesperadora das forças italianas faz com que Hitler designe o Afrikakorps - comandado por E. Rommel - para auxiliar Mussolini. Entre março-abril de 1941 as tropas alemães infringem vigorosas derrotas aos ingleses obrigando-os a recuar.
No segundo semestre de 1940 a guerra atinge a região dos Balcãs. Desejoso de mostrar sua independência de Hitler, Mussolini ordena a invasão da Grécia, partindo da Albânia. As tropas italianas não conseguem ultrapassar a fronteira e ainda sofrem um contra-ataque anglo-grego que as faz recuar. A Alemanha decide enviar suas divisões para esta região tendo por objetivo afastar definitivamente os ingleses do Mediterrâneo Oriental, assim como reforçar seu fronte sul para a futura invasão da URSS. Entre abril-maio de 1941 caem sob seu domÃnio a Iugoslávia e a Grécia, culminando com uma surpreendente ocupação da Ilha de Creta - base aero-naval inglesa - pelos pára-quedistas alemães. Desta forma os campos petrolÃferos da Romênia, que abasteciam as divisões blindadas alemãs, ficam a salvo dos bombardeios aéreos.
Apesar dessas sucessivas derrotas, os ingleses conseguem manter algumas posições estratégicas importantes - a Ilha de Malta - na intersecção da SicÃlia com a Ãfrica. Isso lhe possibilita assediar os comboios do Estreito de Gibraltar que lhes assegura a rota marÃtima com o Mediterrâneo e o Egito. A superioridade naval e aérea inglesa vai ser uma permanente fonte de tormentos para os italianos no Mediterrâneo, como também neutraliza a eficiência de combate do Afrikakorps derrotados em El Alamein, em 30 de junho de 1942, por falta de reforços.
O isolamento da Inglaterra
A situação da Inglaterra nos anos 40/41 era de quase total isolamento. Sua poderosa esquadra, havia dissuadido Hitler de invadi-la, levando-o a adotar a estratégia da Guerra aérea e submarina. H. Güring, supremo comandante da Luftwaffe foi responsável pelas operações de bombardeamento de Londres e outras cidades industriais. Inicialmente procuraram atingir alvos estratégicos, mas a situação evoluiu para um bombardeio indiscriminado da população civil (Conventry) As bases alemãs estavam assentadas nos PaÃses Baixos e na França conquistada. Um invento, do qual somente os ingleses tinham o monopólio, - o radar - muito os auxiliou na luta contra a avaliação alemã. Ao deixarem de bombardear os alvos estratégicos (industriais e aeródromos) os alemães propiciaram a que a RAF se recuperasse, passando a infringir pesadas perdas aos seus aviões. Em 1940, a Luftwaffe perdeu 1.733 aparelhos, tendo cada vez mais dificuldades em obter pilotos adestrados. A situação da Inglaterra conhece verdadeiro alÃvio, quando Hitler resolve invadir a União Soviética em junho de 1941, sendo obrigado a desviar o esforço de guerra para o fronte Oriental. Mesmo assim, nestes dois anos crÃticos, a Inglaterra vê cair sobre suas cidades mais de 58 mil toneladas de bombas.
Paralelamente aos ataques aéreos, a Grã-Bretanha foi submetida ao cerco pelos submarinos. Em 1939 os ingleses haviam perdido 810 mil toneladas de barcos afundados, que no ano seguinte aumentou para 4 milhões e meio, atingindo o máximo de perdas em 1942, quando mais 8 milhões de toneladas foram postas à pique pelos torpedos alemães. Hilter escolheu a guerra submarina devido a inferioridade numérica da esquadra alemã e, tentava com ela, reeditar o Bloqueio Continental ordenado por Napoleão. Isolando a Inglaterra de suas colônias esperava secar as fontes de abastecimento em matérias-primas e alimentos, necessárias a seu esforço de guerra. Desta forma usava a estratégia do ataque indireto visando a neutralização e submissão da Inglaterra. No entanto, com a entrada dos Estados Unidos no conflito, a partir de dezembro de 1941, esta polÃtica não se concretizou. Imensos comboios passaram a atravessar o Atlântico apoiados pela esquadra anglo-americana. A invenção do sonar e a construção de destroiers, aperfeiçoaram a caça de submarinos. Se em 1940, apenas 22 submarinos haviam sido destruÃdos, seu número aumentou para 35 no ano seguinte, 85 em 1942 chegando ao auge em 1943, quando 287 submarinos foram postos fora de combate. Esta polÃtica da guerra submarina terminou por levar os alemães a realizarem ataques indiscriminados a navios mercantes, mesmo à queles paÃses que ainda permaneciam neutros. O Brasil tem vários barcos torpedeados, a maioria dos quais no Atlântico Sul, o que forçará a entrada de Getúlio Vargas no conflito.
Conclusões da 1ª fase
setembro de 1939 a junho de 1941
A guerra se iniciou com o conflito germano-polonês, em setembro de 1939, tornou-se 22 meses depois num combate generalizado envolvendo todas as nações da Europa Ocidental. Permaneceram neutros a Suécia, a SuÃça e os paÃses ibéricos. Ao término desta fase o sucesso de Hitler era evidente; suas forças haviam submetido oito paÃses, perfazendo o controle de mais de um milhão e meio de km2 com uma população de mais de cem milhões de indivÃduos. O poderio francês havia sido varrido em pouco mais de um mês e a Inglaterra achava-se na defensiva. O controle territorial partia das margens polares da Noruega englobando boa parte do Mediterrâneo. Contando os territórios da Alemanha, Ãustria, Tchecoslováquia mais as áreas dominadas, temos um total de 2 milhões 340 mil km2, com uma população de mais de 250 milhões. Os alemães passaram usufruir os recursos industriais e agrÃcolas da França, Bélgica e das regiões orientais da Europa (dominados: como a Iugoslávia, ou aliados como a URSS permaneciam neutros, fazendo com que o domÃnio alemão fosse incosteste. Suas forças armadas tornaram-se calejadas, mais de dez milhões de homens haviam sido mobilizados dotados de modernos equipamentos baseando sua estratégia numa poderosa e ágil força blindada. O moral dos tropas era elevadÃssimo, criando-se o mito da insensibilidade do exército alemão - a mais poderosa máquina de guerra que o mundo havia visto. Todos estes fatores criaram um clima otimista para Hitler dar inÃcio a 2ª fase do conflito: a invasão da URSS - que seria a sua tumba.
PaÃses aliados da Alemanha : Itália,Finlândia,Hungria,Bulgária,Romênia
A II fase da ofensiva Nazi-fascista
Vários fatores contribuÃram para que Hitler se decidisse a invadir a URSS. Era-lhe difÃcil precisar quanto tempo a União Soviética se manteria fora do conflito e já que mais tarde ou mais cedo ela se envolveria, decidiu tomar a iniciativa atacando antes. Hitler subestimou o potencial soviético e de certa forma, sua opinião sobre a capacidade de resistência do Exército Vermelho era compartilhada pelos observadores ocidentais. Em 1937 Stalin havia expurgado todo alto-comando das Forças Armadas, 65% dos oficiais desapareceram nos campos de concentração ou pelos fuzilamentos. A fragilidade do potencial soviético foi testada na guerra conta a pequena Finlândia, onde os russos padeceram severas perdas para submeter os fineses. Inegavelmente o peso maior devia-se ao antagonismo de ambos sistemas polÃticos. Hitler, afinal era o campeão do anti-comunismo, e esperava apoio mundial para sua cruzada contra bolchevismo. O pacto germano-soviético, fora apenas um interlúdio tático para consolidar seu domÃnio no Ocidente e desta forma poder jogar todo o peso do poderio alemão contra URSS.
Stalin recebeu vários avisos da iminência da invasão. Tanto o serviço secreto britânico como o Departamento de Estado americano alertaram-no com suficiente antecipação. O espião soviético, Sorge, que atuava na Embaixada Alemã em Tóquio, enviou mensagem indicando a data exata em que os exércitos alemães atacariam. Nada disso convenceu Stalin. Acreditava que não passavam de manobras para envolvê-los numa guerra contra a poderosa Alemanha. Ordenou, inclusive, que os exércitos soviéticos se afastassem da fronteira alemã para evitar qualquer tipo de provocação. Assim, não é de espantar que fossem pegos de surpresa quando a invasão iniciou.
Os alemães dividiram suas forças em três grandes grupos de assalto. Os Exércitos do Norte, sob comando do Gen. Von Leeb possuÃa 57 divisões e sua missão era ocupar os Estados Bálticos e unir-se com os finlandeses em Leningrado. Os Exércitos do Centro, sob comando do Gen. Von Bock, composto por 45 divisões tinha como missão dirigir-se a Moscou. Os Exércitos do Sul, sob chefia de Von Rundstedt, com 38 divisões deslocaria-se para as férteis regiões da Ucrânia e posteriormente para o Cáucaso, rico em minérios e petróleo. Era a mais vasta operação de guerra até então ensejada pelos alemães, implicando numa força de 150 divisões mais tropas auxiliares de outras nacionalidades (romenos, húngaros, espanhóis, italianos, e pequenos grupamentos fascistas) perfazendo 3 milhões e duzentos mil soldados. Uma força dez vezes superior a de Napoleão quando este invadira a Rússia cento e trinta anos antes, e o maior exército invasor de todos os tempos.
O Ãmpeto do ataque alemão desbaratou as forças fronteiriças e destruiu, quase toda a força aérea soviética, que foi abatida no solo. A penetração alemã teve poucos obstáculos. Suas divisões blindadas avançavam celeremente, envolvendo os exércitos russos em enormes bolsões. Nos primeiros meses do conflito, mais de 650 mil prisioneiros foram feitos. O otimismo e a certeza de uma vitória fácil inundou o Alto-Comando alemão. Pelos seus cálculos, pouco restava do poderio militar soviético, visto que em apenas cinco meses amplas regiões da Rússia caÃram sob seu controle. Leningrado estava cercada, a estrada para Moscou desguarnecida, a Ucrânia desamparada. Mas lentamente a determinação e resistência dos soviéticos se fez sentir - uma guerra de vida e morte se perfilava no horizonte.
Alocução de Stalin, feita em 4 de julho de 1941, dez dias depois da invasão alemã:
"Camaradas, cidadãos, irmãos e irmãs, combatentes do nosso Exército e da nossa Marinha! à a vos que me dirijo, meus amigos! Grave ameaça paira sobre o nosso paÃs (...) Esta guerra nos foi imposta, achando-se o nosso paÃs empenhado agora numa luta de vida ou morte contra o mais pérfido e maligno dos seus inimigos, o Fascismo Alemão. Nossas tropas se batem heroicamente em situação desvantajosa, contra um adversário fortemente armado de tanques e aviões... O grosso das tropas soviéticas, equipado com milhares de tanques e aviões, somente agora começa a participar dos combates... Unido ao Exército Vermelho, todo o nosso povo se levanta para defender a Pátria. O inimigo é cruel e impiedoso. Quer nossa terra, o nosso trigo e o nosso petróleo. Visa à restauração do Czarismo e à destruição da cultura nacional dos povos da União Soviética... quer nos fazer escravos de prÃncipes e barões germânicos.
Nas nossas fileiras não haverá lugar para os fracos e os covardes, para os desertores e causadores de pânico. Nosso povo será destemido na luta e combaterá com abnegação na guerra patriótica de libertação contra os escravizadores fascistas.
(...) Sempre que unidades do Exército Vermelho sejam obrigadas a recuar, todo o material rodante ferroviário há de ser também retirado. Ao inimigo não se deixará uma única máquina, um simples tanque, uma libra de pão ou uma latinha de óleo. Os kolkhozniki sairão com todos os seus animais, entregarão ao Estado suas reservas de cereais para o envio a retaguarda... Tudo o que não puder ser carregado será destruÃdo, seja cereal ou ferro, combustÃvel ou metais não ferrosos ou qualquer propriedade de valor.
(...) Camaradas, nossas forças são incomensuravelmente grandes. O inimigo insolente logo o perceberá. Unidos ao Exército Vermelho, milhares de trabalhadores, de kolkhozniki e de intelectuais irão à guerra. Surgirão muitos milhões mais. Os trabalhadores de Moscou e de Leningrado já começam a organizar um opolcheniye (corpo auxiliar de voluntários ) de milhares de militantes para auxiliar o Exército Vermelho... O imenso poder popular será empregado para esmagar o inimigo. Avante! à vitória!"
A resistência russa
O famoso teórico da guerra Clausewitz, já alertava sobre as dificuldades de se conquistar a Rússia. Sua vastidão, as poucas estradas e a determinação de lutar de seu povo, forçavam ao invasor a um assombroso desgaste. Num capÃtulo especial sobre os efeitos das marchas prolongadas, mostra como essas diminuem o potencial combativo de um exército. Ao penetrarem cada vez mais no solo russo, as forças alemãs começaram a sentir os efeitos destes fatores. Agora não se tratava de conquistar pequenos paÃses da Europa Ocidental e sim uma região que só em sua área européia, tinha mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, duas vezes e meia superior a da Europa Ocidental. As linhas invasoras, ao se estenderem por mais de mil quilômetros, dificultavam o abastecimento e municiamento, assim como as tornavam vulneráveis ao ataque de guerrilheiros na retaguarda. Sendo o exército alemão essencialmente motorizado, havia necessidade constante de combustÃvel e reposição de peças para torná-lo eficiente.
A resistência soviética aumentava de intensidade conforme os alemães se aproximavam de Moscou. O inverno de 1941 foi assaz precoce. O General Guderiam notou as primeiras nevascas na primeira quinzena de outubro. As estradas ficaram enlameadas diminuindo cada vez mais a capacidade de manobra das divisões panzer. Mesmo assim os alemães atingiram a periferia da capital soviética em novembro de 1941. A temperatura baixou terrivelmente, entre 20 e 25 graus abaixo de zero. Como esperavam o término da guerra para antes do inverno, foram surpreendidos sem vestuário apropriado. Hitler ordenou que os exércitos aguardassem a passagem do inverno em suas posições de assalto. A capital seria conquistada na primavera de 1942. à neste momento que, com auxÃlio de tropas siberianas, o Marechal Zukov inicia o contra-ataque na região de Moscou, surpreendendo os alemães, afastando-os em definitivo. O pânico das tropas contaminou todo alto-comando, fazendo com que Hitler afastasse uma série de generais e assumisse o controle direto da guerra. A ordem era resistir em suas posições. Percebeu que uma retirada em pleno inverno, como muitos generais desejavam, poderia se transformar numa catástrofe de enormes proporções, desmoralizando definitivamente suas tropas. Segundo alguns, esta foi uma das poucas ordens sensatas de Hitler.
Na primavera verão de 1942, os alemães retomaram a ofensiva nas regiões do Sul da Rússia. Toda a área do Mar Negro foi conquistada, incluindo o Cáucaso. Foi o "verão negro" da história do Exército Soviético. No entanto, era visÃvel que os russos preparavam-se cada vez melhor para enfrentar os cercos dos blindados alemães. Tropas aguerridas estavam se forjando no transcorrer das batalhas. Apesar das enormes perdas, os soviéticos passaram a ser abastecidos com um equipamento mais farto e de melhor qualidade, destacando-se o tanque T-34 e os morteiros-foguetes katyushas.
Até os finais de 1941 caÃram sobre o controle alemão 40% da população soviética, 41% de suas estradas de ferro, 38% do gado, 58% das siderurgias de aço, 60% do alumÃnio, 84% do açúcar, 38% dos campos cerealÃsticos, 63% do carbono e 60% do ferro. Apesar dessas conquistas nunca as baixas alemãs tinham sido posto fora de combate; 202.251 mortos, 725.642 feridos e 46.511 desaparecidos, perfazendo até fevereiro de 1942, 31% do total da força invasora.
O esforço de guerra soviético
Nos últimos anos da década de trinta, conforme a negra nuvem da guerra se alastrava pela Europa, os soviéticos passaram a construir suas fábricas de forma a serem facilmente desmontáveis e conduzidas à s regiões fora do alcance da aviação invasora. Quando os alemães atravessaram a fronteira da URSS em junho de 1941, deu-se inÃcio a remoção. Nos Urais foram instaladas 455 indústrias, 210 na Sibéria e 250 na Ãsia Central, num total de 1.360. Isso no entanto não evitou que mais de 1.700 cidades fossem destruÃdas como também 70 mil aldeias, desabrigando mais de 25 milhões de habitantes. 31.850 fábricas foram destruÃdas, 65 mil quilômetros de estradas de ferro totalmente inutilizadas, perecendo ainda 71 milhões de cabeças de gado variado. A mobilização da população propiciou à s forças armadas de 11.556.000 soldados, dos quais 6.352.000 entraram em combate. Catastróficas foram as perdas civis e militares. Apesar dos dados serem aproximativos Ellenstein os calcula ao redor dos 25 milhões de mortos (provocados pelo combate direto contra o inimigo, assim como pela fome, frio e epidemias). Das despesas totais para o esforço de guerra, calcula-se que a partir de 1942 60% da receita estatal foi destinada aos produtos bélicos. A produção de aviões atingiu a 3 mil unidades por mês a partir de 1943 e a de blindados - 2 mil. Stalin, no final do conflito, afirmou que seu paÃs havia construÃdo 100 mil blindados e 120 mil aviões. Considerável igualmente foi a ajuda prestada pelos Estados Unidos e Grã-Bretanha: segundo o Gen. Deane, os aliados ocidentais enviaram para a URSS: mil caminhões, 13 mil veÃculos de guerra, 2 mil veÃculos para canhões e 35 mil motocicletas; milhões e 670 mil toneladas de produtos de petróleo; milhões e 478 mil toneladas de vÃveres e equipamento ferroviário.
O auge do abastecimento, que se fez em sua maior parte pelo porto popular de Murmansk, ocorreu entre os anos de 1943 e 1944, contribuindo enormemente para a contra-ofensiva geral que levou os alemães à derrota.
A polÃtica de ocupação alemã
Como conseqüência lógica da polÃtica racista, os nazistas trataram com métodos bárbaros e cruéis as populações do Leste Europeu. Suas vÃtimas principais foram os poloneses e russos vistos como untermenschen (seres inferiores) pelos germanos conquistadores. De acordo com os princÃpios ideológicos de Mein Kampf diz-nos M. Crouzer - tratava-se de criar para algumas nações que disto fossem dignas, zonas vitais formadas dum certo número de "grandes espaços" (grossraum), polÃtica e economicamente autônomos, ligados por acordos bilaterais. O centro seria formado pela Alemanha que seria a única a ser provida de parques industriais. Na periferia, estariam as nações camponesas - o Baurwall, ou "muro de camponeses", colonizada por alemães (Führungsvolk) tendo como servos os eslavos.
Reduzir as populações do Leste ao estado absoluto de vasalagem foi pois a polÃtica dos conquistadores. Foram constituÃdos tropas especiais de extermÃnio e eliminação de marxistas, franco-maçons, democratas-burgueses, sindicalistas, comissários polÃticos e principalmente judeus. As regiões do Leste foram administradas pelos comissários do Reich (Reich-komissaer) com autoridade de vida e morte sobre as populações subjugadas. Seus objetivos, segundo Erich Koch eram claros: "Eu não vim aqui para espalhar a felicidade, vim para ajudar o Führer... Não estamos aqui para trazer manhã, mas para criar as bases de vitória. Somos uma raça de senhores que deve se lembrar sempre que o mais humilde trabalhador alemão tem social e biologicamente mil vezes mais valor que a população daqui". Assim, as escolas e universidades foram suprimidas, permitindo-se apenas o nÃvel mÃnimo de escolarização. Professores e intelectuais foram fuzilados em massa.
Este imenso império de terror era controlado pelo Reichsführer SS - Himmler que supervisionava pessoalmente a ação dos Einsatzuommandos, especializados no genocÃdio. Para tanto, foram construÃdos campos de concentração que passaram a eliminar pelo gás milhões de vÃtimas. Em Auschwitz, tornou-se possÃvel gasear um lote de 2 mil pessoas em meia-hora e repetir a operação 4 vezes por dia. As mais bárbaras e atrozes experiências foram feitas com os prisioneiros em melhores condições, tornando-se tristemente célebre o Dr. Mengele. A rede de campos era composta por 15 de grande porte (Dachau, Neungamme, Mathausen, Ravesbruck, Chelmo, Treblinka, Sobibor, Maidaneck, Belzec, Belsen, Auschwitz, Theresinstadt) e 900 menores, estando em sua maior parte situados em terras polonesas. Acredita-se que pereceram nos campos de extermÃnio, mais de 10 milhões de pessoas das quais 60% eram de origem judaica.
Conforme as necessidades da guerra aumentavam, as SS foram encarregadas juntamente com a Gestapo, de obterem mão-de-obra para a indústria alemã. Inicialmente solicitou-se o trabalho voluntário , mas a partir de 1942 instituiu-se o trabalho forçado adotando-se o seqüestro como uma maneira usual. Mais de 3 milhões de operários de ambos os sexos foram trabalhar no Reich, conduzidos como gado em enormes comboios ferroviários.
Pode-se dizer que Hitler, ressuscitou a velha polÃtica colonialista praticada pelos europeus na Ãsia e na Ãfrica, querendo transformar os eslavos "nos seus negros", "nos seus amarelos". Ã compreensÃvel pois entender a tenacidade com que os russo lutaram.
A batalha de Stalingrado
"Stalingrado foi o ápice da campanha russa. à verdade que a frente recuou aos pulos e sobre grandes distâncias, mas de maneira irreversÃvel." - Lidde Hart
Stalingrado, cidade situada na margem direita do rio Volga, era um importante entroncamento fluvial e ferroviário que ligava as regiões minerais e petrolÃferas do Cáucaso à área de Moscou. Hitler decidiu lançar o peso de sua ofensiva sobre esta cidade não só por motivos estratégicos, mas também polÃticos. Acreditava que provocaria um profundo abalo moral nas forças inimigas caso conquistasse rapidamente a cidade. As divisões alemãs que atuavam na Rússia foram ampliadas de 184 em junho de 1942 para 193 em agosto/setembro do mesmo ano. Assim reforçados, deram inÃcio a ofensiva sobre essa cidade. A 17 de julho, o VI Exército sob o comando do Gen. Von Paulus teve ordem de dar inÃcio à mobilização que visava a ocupação de Stalingrado. Em setembro a luta se estende para o seu interior e sua queda é eminente. Hitler, eufórico, chega a anunciar a rendição para qualquer momento. No entanto, o avanço alemão por entre as ruÃnas da cidade é cada vez mais moroso. O 62º Exército comandado por Chuikov resiste a sombra de cada casa, de cada rua, de cada porão. A terrÃvel oposição das tropas russas não evita que os alemães se apropriem de quase 70% da cidade. Chuikov faz referências a extrema dificuldade em se defender um fronte que tinha de extensão mais de 40 km e uma profundidade de apenas 3 km. Na outra margem do rio, os russos colocam sua artilharia que através de sucessivas barragens, evitam que o restante da cidade caia em poder dos alemães. As perdas de ambos os lados são imensas. O inverno se aproximava e a vitória alemã não se concretiza.
Em 19 de novembro de 1942, após silencioso preparativo, os soviéticos, sob o comando do Gen. Zukov realizam a contra-ofensiva. Três grandes corpos de exércitos (de Vatutin, de Rokossovsky e de Yeremenko) avançam pelo frágeis flancos do VI Exército, terminando por cercá-lo completamente a 23 de novembro de 1942. Vinte e duas divisões de elite e mais dois exércitos romenos encontram-se aprisionados no chamado "caldeirão" de Stalingrado. O Gen. Von Paulus solicita ordens para executar uma retirada em quanto fosse tempo. Hitler, teimosamente ordena que os alemães devam permanecer nas posições conquistadas, enviando um corpo blindado (Hooth-Mainstein) para tentar romper o bloqueio. Os russos com relativa facilidade e auxÃlio das baixas temperaturas conseguem afastá-lo das cercanias da cidade. Em dezembro de 1942 os soviéticos apelam para a rendição do VI Exército, dada a inutilidade de qualquer resistência. O natal de 1942 é lúgubre em toda a Alemanha. O führer, tenta criar uma situação emocional favorável ao espÃrito de resistência até o último homem. Promove Von Paulus a Marechal, esperando lhe dar ânimo. Dos 330 mil soldados existentes dentro do "caldeirão" a metade já havia perecido nos combates, pela fome e pelo frio. As promessas de Güring, de abastecer os sitiados via aérea não se concretizaram.
Entre os dias 10 de janeiro a 2 de fevereiro de 1943, as tropas soviéticas executam a operação final, que culmina na rendição incondicional de quase cem mil homens. Foi a maior derrota militar do Exército alemão em todos os tempos, marcando o fim da supremacia estratégica e tática da Alemanha, que definitivamente perdeu a iniciativa da guerra. Dali em diante, os soviéticos passariam a determinar os rumos do conflito. A Batalha de Stalingrado marca a reviravolta dos destinos da guerra e o princÃpio do fim da Alemanha Nazista.
1941: a guerra se torna mundial
O Japão desafia os E.U.A.
Até dezembro de 1941, podemos dizer que a Guerra era um conflito entre nações européias. Mas a partir de então vai se generalizar pelas extensas regiões da Ãsia. O Japão, aliado da Alemanha desde 1937, já estava envolvido com a China. Divididos entre as forças do Koumitang liderados por Chiang Kai-shek e do Partido Comunista de Mao Tse-Tung, os chineses tinham dificuldades em formar uma aliança para combater o invasor. Isso permitiu aos japoneses ocupar quase que um sexto do seu território, incluindo as populosas cidades do nordeste do paÃs, como Pequim. Quando a França foi invadida pelos alemães em junho de 1940, aproveitaram-se da debilidade do velho Império Colonial para apropriar-se de suas colônias. A Indochina francesa é ocupada.
A expansão japonesa é vista com temeridade pelos Estados Unidos. Roosevelt trata de bloquear de todas as maneiras o seu crescimento militar e econômico. Seu primeiro passo foi anular os acordos comerciais que mantinha com o império do Sol Nascente. Inicia o embargo de petróleo e de matérias-primas minerais fundamentais para a indústria de guerra japonesa, além de lhes congelar os créditos que o Japão possuÃa nos Estados Unidos. No campo diplomático iniciam-se conversões para obter a evacuação dos nipônicos da China e Indochina - que fracassam. O estado de guerra torna-se latente.
Internamente, a opinião pública era favorável a manutenção do isolacionismo. Os Estados Unidos não deviam entrar na guerra. Poderosos movimentos de direita se organizaram a favor da polÃtica do não-envolvimento. Pode-se dizer que somente Roosevelt e seus acessores sabiam que a participação americana no conflito era inevitável. A coesão nacional em torno do seu governo surgiu, quando os japoneses realizaram o surpreendente ataque à base naval de Pearl Harbour no Hawai, sede da frota americana no PacÃfico. O dia 7 de dezembro coloca os Estados Unidos diretamente na Guerra.
Dois dias depois o Presidente Roosevelt leu sua mensagem de guerra à nação:
"O verdadeiro objetivo que buscamos situa-se muito acima e além do feio campo de batalha. Quando recorremos à força, como o fazemos agora, estamos resolvidos a que essa força seja dirigida para o bem último assim como contra o mal imediato. Nós, americanos não somos destruidores - somos construtores.
Estamos agora no meio de uma guerra, não de conquistas, não de vingança, mas por um mundo no qual esta nação, e tudo quanto esta nação representa, seja preservado para os nossos filhos. Esperamos eliminar o perigo do Japão, mas isto de pouco nos servirá se, conseguindo-o, verificarmos que o resto do mundo está dominado por Hitler e Mussolini. Vamos vencer a guerra e vamos conquistar a paz que se seguirá. E nas horas escuras deste dia - e através dos negros dias que talvez ainda venham - saberemos que a vasta maioria dos membros da raça humana está do nosso lado. Muitos deles estão lutando conosco. Todos eles estão orando por nós. Pois, representando nossa causa, representamos também a deles - nossa esperança e sua esperança pela liberdade sob Deus."
A Expansão Japonesa: Ãsia e Oceania-1941-1942
O ataque a Pearl Harbour não foi uma operação isolada do Alto Comando estratégico japonês, e sim parte de uma operação mais vasta, que compreendia ataques simultâneos à s colônias inglesas, holandesas e americanas. Os objetivos desta ofensiva relâmpago eram sedimentar posições defensivas para, posteriormente, travar uma guerra de desgaste com os Estados Unidos e Grã-Bretanha. Os japoneses sabiam perfeitamente do extraordinário potencial militar que os Estados Unidos poderiam mobilizar. Destruindo sua esquadra no PacÃfico - num ataque de surpresa - esperavam ganhar tempo para fixar-se numa área cujo raio fosse o maior possÃvel.
Em janeiro de 1942, lançam a operação de conquista das Filipinas (E.U.A), e das Ãndias Holandesas (Indonésia caem sob seu controle em março de 1942). Outra força-tarefa japonesa ocupa Singapura na Malásia em fevereiro do mesmo ano. A cidade de Hong-Kong é ocupada em dezembro, enquanto a Birmânia rende-se em abril. A ofensiva japonesa lhes propicia o controle sobre 95% dos seringais produtores de látex, 90% do quinino. 70% da produção de arroz e estanho, assim como o petróleo, bauxita e cromo, todos fundamentais para sustentar a máquina de guerra. Isso dava ao Japão uma surpreendente capacidade de resistência quando os Estados Unidos iniciam sua contra-ofensiva no segundo semestre de 1942.
Regiões conquistadas pelo Japão : Birmânia, China,Coréia, Filipinas, Indonésia, Malásia, Indochina
A derrota do eixo
A Contra-ofensiva aliada 1942-1945
Os Estados Unidos se mobilizam para a guerra
Poucos dias após o ataque japonês, Hitler e Mussolini declararam guerra aos Estados Unidos. Desta maneira esperavam que os japoneses fizessem o mesmo em relação a URSS. No entanto, o governo japonês alegou que estava excessivamente comprometido na guerra da Ãsia para poder atacar os russos pela Sibéria - seria ampliar em demasia seu raio de ação. Enquanto isso, os Estados Unidos lançam-se freneticamente na construção bélica para poder aparelhar suas esquadras e adestrar seus exércitos. No conjunto, foram mobilizados para servir nas Forças Armadas um total de 15.145.115 homens e mulheres (sendo que 10.420.000 no Exército, 3.883.520 na Marinha, 599.593 como fuzileiros navais e 211.902 como guardas do litoral; a Força Aérea abrigou um efetivo superior a 30 mil homens). A reciclagem da sua indústria foi surpreendente fazendo com que os gastos militares atingissem a impressionante soma de 350 bilhões de dólares nos quatro anos de guerra.
A contra-ofensiva americana no PacÃfico (1942/45)
Recuperando-se das perdas em Pearl Harbour e transferindo parte de sua esquadra do Atlântico para o PacÃfico, os americanos dão inÃcio a contra-ofensiva que tendo inÃcio em maio de 1942, se encerrará com a rendição do Japão, trinta e oito meses depois, em 2 de setembro de 1945. A batalha do mar dos Corais põe fim a ofensiva japonesa no PacÃfico Sul. Em junho tratava-se a primeira grande batalha naval em Midway, onde os nipônicos perdem 4 porta-aviões propiciando o desembarque americano em Guadalcanal (agosto de 1942). O ano de 1943 dá inÃcio à maciça ofensiva americana-australiana sob comando do Gen. Douglas Mac Arthur, que ocupa pequenas ilhas do pacÃfico sul-ocidental afastando os japoneses da região. Em 1944 iniciam a operação de reconquista das ilhas Filipinas que terminam ocupadas em fevereiro de 1945.
Paralelamente a este processo, britânicos e americanos, após recuperarem a estrada que liga a Birmânia à China, passam a enviar equipamentos militares para o exército de Chiang-Kai"Shek. No entanto, os resultados esperados não se fazem sentir. Chiang, teme muito mais seu rival Mao Tse-tung, que as forças japonesas. No biênio obrigados a recuar em todos os frontes.
A Guerra do PacÃfico, possui caracterÃsticas próprias. Ao contrário da guerra na Europa, baseada em operações de blindados e massas de tropas, a guerra contra o Japão, envolveu basicamente unidades navais - onde os porta-aviões tiveram um papel dos fuzileiros navais foi de relevante importância. Praticamente eram operações de "desentocamento" - pois os japoneses resistiam estoicamente em suas posições. A artilharia da marinha, os bombardeios aéreos, o lança-chamas, as operações de desembarque, foram os denominadores comuns da guerra no PacÃfico.
Em 19 de fevereiro os americanos desembarcam pela primeira vez em território nipônico, travando a batalha pela posse da ilha de Iwojima e logo após a de Okinawa. Estas duas batalhas sangraram profundamente o corpo de fuzileiros navais. A Marinha Imperial, que sistematicamente vinha sendo derrotada, praticamente se desativou no primeiro semestre de 1945. Deve-se destacar, que a superioridade técnica dos aviões Zero pouca efetividade tiveram contra as levas de aviões americanos. Em desespero, jovens pilotos japoneses transformaram-se em kamikazes (pilotos suicidas), que após abarrotarem seus aviões de bombas, lançam-se diretamente contra as embarcações inimigas. Apesar da bravura pessoal dos kamikazes, pouco efeito tiveram no resultado geral do conflito.
Em agosto de 1945 (no dia 6) um discreto e solitário avião - o "Enola Gay" - lançou o mais poderoso artefato de guerra de todos os tempos - a Bomba Atômica - sobre a desprotegida cidade de Hiroshima, massacrando mais de cem mil pessoas e ferindo outros tantos. Três dias depois é a cidade de Nagasaki que vai conhecer os horrores da explosão nuclear. Ao Japão nada mais lhe restava senão render-se. No dia 2 de setembro, a bordo do encouraçado Missouri, ancorado na baÃa de Tóquio - o governo japonês capitula perante os Estados Unidos, encerrando a Segunda Guerra Mundial.
A contra-ofensiva anglo-americana
Norte da Ãfrica e Itália (1942/43)
Enquanto os soviéticos aparavam os vigorosos ataques das tropas alemãs no Fronte Oriental, os exércitos americanos e ingleses iniciaram uma operação de destruição do Fronte Sul do eixo. Simultaneamente aos britânicos, que sob o comando do Gen. Montgomery iniciavam sua contra-ofensiva partindo de El Alamein, no Egito; uma enorme força-tarefa anglo-americana deslocava-se em direção ao Norte da Ãfrica. Inicia-se a operação Tocha, sob o comando do Gen. Eisenhower, que desembarcou no Marrocos e Argélia. Os exércitos italianos e africakorps viram-se obrigados a lutarem duas frentes. Dada a superioridade aérea e naval dos aliados as forças do Eixo, foram obrigadas a baterem em retirada. Os alemães ainda enviaram um inútil auxÃlio para seu enclave na TunÃsia. No dia 13 de maio de 1943 ocorreu a capitulação dos "Corpos de Exército da Ãfrica" com a rendição de 252 mil soldados alemães e italianos. No espaço de seis meses e meio, o eixo perdeu definitivamente o controle do Mediterrâneo, abrindo as portas para a invasão da Itália.
No verão de 1943 (junho-agosto) os exércitos aliados invadem a estratégica ilha da SicÃlia. Montgomery, no comando do VIII exército britânico e Patton, chefiando as forças americanas ocupam as principais cidades da ilha (Tarento, Palermo e Messina). A queda da SicÃlia provoca o desprestÃgio de Benito Mussolini, que é destituÃdo pelo Grande Conselho Fascista por solicitação do rei Vitorio Emanuel III. Depois de ter sido preso, em 25 de julho, é constituÃdo um novo governo na Itália dirigido pelo Gen. Badoglio, que além de dissolver o partido fascista inicia conversações secretas com os aliados para retirar a Itália da guerra. Em setembro proclama-se o armistÃcio entre a Itália e os aliados. Hitler, prevendo sua defecção, ordena (operação Eixo) a ocupação das principais cidades peninsulares e no desarmamento e aprisionamento dos soldados italianos. Badoglio e a famÃlia real procuram refúgio junto aos aliados. Mussolini, que havia sido detido nos Alpes, é resgatado numa operação comando ordenada por Hitler. Para prestigiar seu velho aliado forma a República Social Italiana (República de Saló) no Norte da Itália e a coloca sob seu comando, mas quem de fato governa são as tropas da SS.
A campanha da Itália que tem inÃcio em princÃpio de 1944 vai se tornar extremamente morosa. A acidentalidade do terreno e a resistência dos alemães transforma o movimento aliado numa dolorosa conquista passo de cágado. Depois da rendição alemã em Monte Cassino (fevereiro/maio)os aliados ocupam toda a Itália Central (Roma, Pisa e Florença), enquanto os alemães encastelam-se na "Linha gótica". Ainda resistirão por um ano, até a rendição de 28 de abri de 1945.
Nesta mesma data Benito Mussolini é capturado e fuzilado por forças guerrilheiras quando pretendia exilar-se na SuÃça.
Foi na Itália que a Força Expedicionária Brasileira atuou como integrante das Forças Aliadas. O Brasil, que havia declarado guerra ao Eixo em 1942, preparou uma divisão de 25 mil homens sob o comando do Gen. Mascarenhas de Morais equipada com material bélico americano. Os brasileiros se celebrizaram pela conquista de Monte Castelo onde tiveram o maior número de baixas na campanha de 1944.
A contra-ofensiva anglo-americana
A Invasão da Normandia junho de 1944
Desde 1942, os soviéticos insistiam na necessidade dos aliados abrirem um "Segundo Fronte" na Europa Ocidental, pois os Exércitos russos estavam sangrando ao terem de enfrentar 266 divisões invasoras (das quais, 193 alemãs). Americanos e ingleses alegavam que para tal, necessitavam de um longo perÃodo de preparação e adestramento das tropas, visto que teriam de ultrapassar a "Fortaleza do Atlântico". Essa era um conjunto de fortificações construÃdas pelos alemães no litoral da Bélgica e da França que visava tranqüilizar as tropas nazista que combatiam na Rússia. Os alemães cometeram os mesmos equÃvocos dos franceses ao construÃrem a Linha Maginot, por um sistema defensivo estático pouco poder fazer numa guerra caracterizada pela intensa mobilidade das forças e pelo potencial dos bombardeiros aéreos.
Finalmente, na metade do ano de 1944, os aliados ocidentais deram inÃcio à Operação Overlord. Uma frota de mais de três mil barcos transportando 350 mil homens partiu, partiu das costas do sul da Inglaterra em direção à Normandia. Os alemães esperavam que a invasão fosse realizada no passo de Calais e foram surpreendidos. Depois das dificuldades iniciais (principalmente na praia de Utah) as forças anglo-americanas conseguiram formar uma sólida cabeça-de-ponte no litoral francês. Os portos da região foram dominados e, graças à absoluta superioridade aérea e naval, os alemães tiveram que recuar. A partir de então a dominação alemã sobre a França estava selada. Mais de um milhão de homens e equipamentos de alta qualidade foram desembarcados, dando inÃcio à ofensiva sobre Paris.
Sentindo a inutilidade da continuação do conflito, um grupo de altos oficiais alemães tenta assassinar Hitler em 20 de julho. Apesar de sair ferido Hitler consegue sufocar a rebelião ordenando o julgamento sumário dos principais envolvidos (Stauffenberg e outros, são enforcados).
Em setembro de 1944, Paris é ocupada pelo conjunto das forças aliadas (americanos, ingleses e franceses livres) e o General De Gaule faz sua entrada triunfal na cidade. Até o fim do mesmo ano a França encontra-se liberada. Ainda assim os alemães tentam uma operação contra-ofensiva na região de Ardenas aproveitando o mau tempo e, conseqüentemente, a neutralização da superioridade aérea dos aliados. Apesar da surpresa, as forças americanas e inglesas rapidamente se recompõe e liquidam com as divisões panzers (18 a 24 de dezembro de 1944).
A invasão da Alemanha terá inÃcio nos finais do inverno de 1944/45. As forças aliadas dividem-se em três grandes corpos. Os ingleses de Montgomery atravessam o Reno e dirigem-se para o Norte da Alemanha, isolando as tropas nazistas na Holanda. O Centro, sob o comando de Omar Bradley dirige-se para o coração industrial do IIIº Reich - a região do Ruhr, onde forçam a capitulação de 22 divisões alemãs em 14 de abril. O Sul, é responsabilidade do IIIº e IVº exército americano, sob o comando de Denvers, que se dirige para o Brener e fará ligação com os soviéticos no Elba. A guerra na Europa estava em seus estertores.
A contra-ofensiva soviética
Cerco e capitulação do IIIº Reich
1943/45
Depois de Stalingrado (novembro/1942-fevereiro/1943) a sensação de vitória inundou o exército soviético. O duro ano de 1942, foi sucedido por brilhantes vitórias militares, onde os alemães foram gradualmente sendo desprovidos de suas melhores energias assim como obrigados a ceder amplas extensões de território ocupado. A contra-ofensiva russa se dá em toda a frente - das terras geladas do norte à s férteis planÃcies da Ucrânia. Dotados de melhor equipamento, as tropas soviéticas sentem-se mais seguras e autoconfiantes empurrando vigorosamente o inimigo para suas fronteiras. No Norte liberam a zona de Nevel; no setor central conquistam Smolesk e as operações do Sul terminam com a captura da bacia do Donez de onde avança em direção ao rio Dnieper, fazendo com que as forças alemãs que ocupavam a Criméia terminassem por ficar isoladas. No verão de 1943 (julho/agosto) travou-se a maior batalha de tanques de todos os tempos. Acredita-se de cerca de seis mil blindados e quatro mil aviões tomaram parte da batalha de Kursk. Devido à exigüidade do território disputado, o massacre tomou formas nunca dantes vistas. Os alemães acusaram baixas de 70 mil mortos e 2.900 tanques destruÃdos assim como 1392 aviões abatidos e a perda de mais de 5 mil veÃculos. Nunca mais a Wehrmacht conseguiu recuperar-se de tamanho abalo.
O capÃtulo de Leningrado
Das grandes tragédias que ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial, a de Leningrado merece atenção especial. Se milhares de pessoas haviam sucumbido em Hiroshima e Nagasaki, em Hamburgo e Dresdem, ou pelos raides aéreos sobre Londres e Coventry, nenhuma catástrofe se compara com a que ocorreu com a população civil de Leningrado. Cercada desde o inÃcio da invasão alemã, foi submetida ao bombardeio e isolada do resto do paÃs por 900 dias. Dos seus três milhões de habitantes existentes em 1941, um terço sucumbiu pelas bombas e, principalmente pela fome. Como disse H. Salisbury: "Este era o maior e mais prolongado cerco jamais suportado por uma cidade moderna..." Logo nos primeiros dias a aviação alemã conseguiu destruir suas reservas de alimento; um terrÃvel racionamento foi imposto. Pessoas debilitadas pela falta de proteÃnas simplesmente morriam no trajeto para o trabalho, nos bancos das praças, nos escritórios ou em suas habitações. Foi preciso esperar mais de seis meses para poder evacuar parte da população aproveitando o congelamento do Lago Ladoga, única via de ligação existente com a parte russa não ocupada pelos invasores, chamada "Estrada do Gelo".
Por ela, as autoridades soviéticas conseguiram evacuar 512 mil pessoas no inverno de 1941/42 assim como atenuar a carência de alimentos, combustÃvel e munição. A população restante resistiu até a liberação final da cidade, mas as perdas humanas foram assombrosas. No julgamento de Nurenberg falou-se de 632 mil vÃtimas, enquanto outras fontes indicam 900 mil mortos. Seja qual for a correta, o fato é que Leningrado possui o maior cemitério de vÃtimas civis da Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva final sobre Berlim
O ano de 1944 continuou auspicioso para os soviéticos. Sua ofensiva de verão liquidou com 25 divisões alemãs na região de Minsk. Em agosto aproximam-se de Varsóvia. Neste momento ocorreu mais um dos terrÃveis martÃrios do povo polonês. Acreditamos que a proximidade das tropas soviéticas os socorresse, os partisans poloneses tentaram um levante na Capital que redundou num fracasso. As represálias nazistas foram violentas, mais de 300 mil pereceram. Em outubro de 1944, as tropas soviéticas invadem pela primeira vez o solo alemão - a Prússia Oriental é conquistada. Durante o inverno de 1944/45 os russos preparam sua ofensiva sobre a capital do Reich. 2 milhões e meio de soldados, 6.250 blindados e 7.500 aviões são concentrados para o assalto final.
Em 16 de abril o exército Vermelho, sob o comando do Gen. Zucov, (tendo em seu apoio o Gen. Konev) dá a salva inicial que culminará com a rendição de Berlim. Hitler, havia ordenado a mobilização geral da população, convocando todos os homens aptos entre os 16 e 60 anos, organizados em milÃcias populares (Deutscher Volksturn). A indústria alemã, apesar dos constantes bombardeios aliados, continuava produzindo em larga escala; o que lhe faltou foi combustÃvel e homens qualificados para utilizar o material bélico. Todos concordam que a resistência alemã foi muito mais significativa contra os russos do que contra os aliados ocidentais. As rivalidades ideológicas e o terrÃvel massacre dos civis no Fronte Oriental, fizeram com que temessem represálias por parte dos soviéticos.
Nos fins de abril, mesmo com os inauditos esforços do Gen. Henrici, os russos penetram na periferia de Berlim. Hitler escreve seu testamento polÃtico, ao mesmo tempo que nomeia o Almirante Doenitz Presidente do Reich e indica Goebbels como seu Chanceler. No dia 30 de abril comete suicÃdio, acompanhado por sua mulher Eva Braun e por Goebbels e famÃlia. A primeira capitulação se dá em 7 de maio em Reims, no Quartel General de Eisenhower pelo Gen. Jodl. No dia seguinte, o Mal. Zucov aceita a rendição alemã feita pelo Marechal-de-Campo Keitel. A guerra na Europa tinha finalmente chegado a seu fim após mil e setecentos dias de matanças inauditas na história da humanidade. O fim da Guerra criou uma divisão do mundo em dois blocos: um socialista e o outro capitalista. A Alemanha foi dividida em oriental e ocidental.CaÃram os regimes autoritários, as colônias africanas iniciaram o processo de emancipação e formou-se a ONU.
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Segunda Guerra Mundial
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II Guerra Mundial
De cima para baixo e da esquerda para a direita: Desembarque aliado nas praias da Normandia no Dia D, o Congresso Nazi de Nuremberga em 1936, os portões do campo de concentração nazi de Auschwitz, bombardeamento nuclear de Nagasaki, soldados soviéticos penduram uma bandeira soviética no Reichstag em Berlim.
Data: 1939 – 1945
Local: Oceano PacÃfico, Sueste asiático, Médio Oriente, Mediterrâneo e Ãfrica
Resultado: Vitória Aliada
Combatentes
Aliados:
Polônia,
Reino Unido,
França,
União Soviética,
EUA,
Brasil,
China,
e outros Eixo:
Alemanha,
Itália,
Japão,
e outros
VÃtimas
Mortes militares: 17 milhões
Mortes civis: 33 milhões
Total: 50 milhões Mortes militares: 8 milhões
Mortes civis: 4 milhões
Total: 12 milhões
A Segunda Guerra Mundial (1939–1945) opôs os Aliados à s Potências do Eixo, tendo sido o conflito que causou mais vÃtimas em toda a história da Humanidade. As principais potências aliadas eram a China, a França, a Grã-Bretanha, a União Soviética e os Estados Unidos. O Brasil se integrou aos Aliados em 1943. A Alemanha, a Itália e o Japão, por sua vez, perfaziam as forças do Eixo. Muitos outros paÃses participaram na guerra, quer porque se juntaram a um dos lados, quer porque foram invadidos, ou por haver participado de conflitos laterais. Em algumas nações (como a França e a Jugoslávia), a Segunda Guerra Mundial provocou confrontos internos entre partidários de lados distintos.
O lÃder alemão de origem austrÃaca Adolf Hitler, Führer do Terceiro Reich, pretendia criar uma "nova ordem" na Europa, baseada nos princÃpios nazistas da suposta superioridade alemã, na exclusão — eliminação fÃsica incluÃda — de algumas minorias étnicas e religiosas, como os judeus e os ciganos, bem como deficientes fÃsicos e homossexuais; na supressão das liberdades e dos direitos individuais e na perseguição de ideologias liberais, socialistas e comunistas.
Tanto a Itália como o Japão entraram na guerra para satisfazer os seus propósitos expansionistas. As nações democráticas (como a França, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América) opuseram-se a estes desejos do Eixo. Estas nações, juntamente com a União Soviética, após a invasão desta pela Alemanha, constituÃram a base do grupo dos Aliados.
Ãndice [esconder]
1 Causas da Guerra
2 Cronologia da Segunda Guerra Mundial
3 O inÃcio da guerra
3.1 Segunda Guerra Sino-japonesa
3.2 InÃcio da guerra na Europa
3.3 A guerra relâmpago
4 A guerra na Ãfrica
5 A invasão da URSS
6 A reconquista da Europa
7 A derrota do Eixo
8 A guerra no PacÃfico
8.1 O fim da guerra
9 Brasil na Guerra
10 Portugal na Guerra
11 Consequências da Segunda Guerra Mundial
11.1 Humanas e materiais
11.2 Territoriais
11.3 PolÃticas
12 Bibliografia
12.1 Documentários
12.2 Filmes
12.3 Séries de TV
12.4 Jornais
12.5 Jogos
13 Ver também
14 Ligações externas
[editar] Causas da Guerra
Ver artigo principal: Causas da Segunda Guerra Mundial.
A Primeira Guerra Mundial - "feita para pôr fim a todas as guerra" - transformou-se no ponto de partida de novos e irreconciliáveis conflitos, pois o Tratado de Versalhes (1919) disseminou um forte sentimento nacionalista, que culminou no totalitarismo nazi-facista. As contradições se aguçaram com os efeitos da grande crise de 1929. Além disso, a polÃtica de apaziguamento, adotada por alguns lÃderes polÃticos do perÃodo entreguerras e que se caracterizou por concessões para evitar um confronto, não conseguiu garantir a paz internacional. Sua atuação assemelhou-se à da Liga das Nações: um órgão frágil, sem reconhecimento e peso, que deveria cuidar da paz mundial, mas que fracassou totalmente. Assim, consolidaram-se os regimes totalitários, que visavam sobretudo a conquistas territoriais, processo que desencadeou a Segunda Guerra Mundial.
[editar] Cronologia da Segunda Guerra Mundial
Ver artigo principal: Cronologia da Segunda Guerra Mundial.
[editar] O inÃcio da guerra
Não existe um consenso sobre a data precisa em que o conflito foi iniciado, mas duas datas são marcantes: a invasão da China pelo Japão, em 1937, e a invasão da Polónia pela Alemanha em 1939.
[editar] Segunda Guerra Sino-japonesa
Soldados chineses em marcha.A 7 de Julho de 1937, o Japão, após ocupar o nordeste da China (Manchúria) em 1931, lançou um outro ataque contra a China perto de Pequim. O exército chinês, em vez de retirar lentamente como em conflitos anteriores, iniciou uma guerra de resistência, marcando o inÃcio oficial da Segunda Guerra Sino-Japonesa, que mais tarde se tornou parte da Guerra Mundial. Os japoneses avançaram inicialmente por uma área muito vasta, mas esse avanço acabou por ser parado durante meses em Xangai, durante a Batalha de Xangai. A cidade eventualmente foi capturada totalmente pelas forças japonesas e a Dezembro de 1937, o resto da capital chinesa, Nanquim, foi capturada e o governo chinês foi movido para Chongqing, onde ficou até ao final da guerra. Surpreendidas pelo nÃvel de resistência dos chineses, as forças japonesas cometeram atrocidades brutais contra civis e prisioneiros de guerra quando a cidade de Nanquim foi capturada (Massacre de Nanquim), matando mais de 300 mil civis num mês.
[editar] InÃcio da guerra na Europa
A 1 de Setembro de 1939, o exército alemão lançou uma forte ofensiva de surpresa contra a Polónia, com o principal objectivo de reconquistar seus territórios perdidos na Primeira Guerra Mundial e com o objetivo secundário de expandir o território alemão. As tropas alemãs conseguiram derrotar as tropas polacas em apenas um mês. A União Soviética tornou efetivo o acordo (Ribbentrop-*******) com a Alemanha nazi e ocupou a parte oriental da Polónia. A Grã-Bretanha e a França, responderam à ocupação declarando guerra à Alemanha, mas não entrando, porém, imediatamente em combate. A Itália, nesta fase, declarou-se "paÃs neutro".
O plano de expansão do governo envolvia uma série de etapas. Em 1938, com o apoio da população austrÃaca, o governo nazista anexou a Ãustria.Em seguida, reivindicou a integração das minorias germânicas que habitavam os Sudetas (região montanhosa da Checoslováquia). Como esta não estava disposta a ceder, a guerra parecia iminente. Foi então convocada uma conferência internacional em Munique. Na conferência de Munique, em setembro de 1938, ingleses e franceses, seguindo a polÃtica de apaziguamento, cederam à vontade de Hitler, concordando com a anexação dos Sudetos.
[editar] A guerra relâmpago
A 10 de Maio de 1940, o exército alemão lançou uma ofensiva, também de surpresa, contra os PaÃses Baixos visando a contornar as poderosas fortificações francesas da Linha Maginot, construÃdas anos antes na fronteira da França com a Alemanha. Com os britânicos e franceses julgando que se repetiria a guerra de trincheiras da Primeira Guerra Mundial, e graças à combinação de ofensivas de pára-quedistas com rápidas manobras de blindados em combinação com rápidos deslocamentos de infantaria motorizada (a chamada "guerra-relâmpago" - Blitzkrieg, em alemão), os alemães derrotaram sem grande dificuldade as forças franco-britânicas, destacadas para a defesa da França. Nesta fase, ocorre a famosa retirada das forças aliadas para a Inglaterra por Dunquerque. O Marechal Pétain assumiu então a chefia do governo em França, que ficou conhecido como o governo de Vichy, assinou um armistÃcio com Adolf Hitler e começou a colaborar com os alemães.
[editar] A guerra na Ãfrica
O 39º Grupo de Panzerjäger avança pelo deserto.A Setembro de 1940, após a tomada da França pelas forças alemãs, as tropas italianas destacadas na LÃbia sob o comando do Marechal Graziani, uma vez livres da ameaça das forças francesas estacionadas na TunÃsia iniciaram uma série de ofensivas contra o Egito, então colônia da Grã-Bretanha, com vistas a dominar o canal de Suez e depois atingir as reservas petrolÃferas do Iraque, também sob domÃnio britânico.
Os efetivos ingleses destacados no norte da Ãfrica e que compunham o então designado XIII Corpo de Exército, comandado pelo General Wavell, após alguns reveses iniciais realizaram uma espetacular contra-ofensiva contra as forças italianas que, apesar de sua superioridade numérica foram empurradas por 1200 km de volta à LÃbia, perdendo todos os territórios anteriormente conquistados. Esta derrota custou aos italianos a destruição de 10 divisões, a perda de 130.000 homens feitos prisioneiros, além de 390 tanques e 845 canhões.
Como a situação que surgia na Ãfrica era crÃtica para as forças do Eixo, Adolf Hitler e o Oberkommando der Wehrmacht (OKW) decidiram enviar tropas alemãs a fim de não permitir a completa desagregação das forças italianas. Cria-se dessa forma em Janeiro de 1941 o Afrika Korps (Corpo Expedicionário Alemão na Ãfrica), cujo comando foi passado ao então Leutenantgeneral (Tenente-General) Erwin Rommel, que posteriormente se tornaria uma figura legendária sob a alcunha de "A Raposa do Deserto". Foram enviadas à Africa duas divisões alemãs em auxÃlio aos Italianos, a 5a. Divisão Ligeira e a 15a. Divisão Panzer. Os Alemães, sob o hábil comando de Rommel, conseguiram reverter a iminente derrota italiana e empreenderam uma ofensiva esmagadora contra as forças britânicas enfraquecidas (muitos efetivos britânicos haviam sido desviados para a campanha da Grécia, então sob pressão do Eixo) empurrando-as de volta à fronteira egÃpcia. Após uma sucessão de batalhas memoráveis como El Agheila, El Mechili, Sollum, Gazala, Tobruk e Mersa Matruh os alemães e italianos são detidos por falta de combustÃvel e provisões na linha fortificada de El Alamein, uma vez que o Mediterrâneo encontrava-se sob domÃnio da marinha britânica. Finalmente, a Outubro de 1942, após 4 meses de preparação os Britânicos contra-atacaram na Segunda Batalha de El Alamein, sob o comando do General Montgomery. Rechaçadas pelas bem supridas forças britânicas, as tropas Ãtalo-alemãs iniciaram um grande recuo de volta à LÃbia de forma a encurtar suas linhas de suprimento e ocupar posições defensivas mais favoráveis. Entretanto, dias depois, a 8 de Novembro, as forças do Eixo recebem a notÃcia de que estão sendo cercadas pelo oeste por forças norte-americanas do 1o. Exército Aliado que haviam desembarcado em Marrocos através da Operação Tocha. Pelo leste, o 8o. Exército Britânico continua o seu avanço, empurrando as forças Ãtalo-alemãs para a TunÃsia. Finalmente, cercado pelos exércitos americano e britânico e sem a guia de seu audacioso comandante, pois Rommel havia sido hospitalizado na Alemanha, o "Afrika Korps" e o restante do contingente italiano na Ãfrica do Norte, totalizando mais de 250 mil homens e reduzidos à inatividade pela falta de suprimentos e de apoio aéreo, se rendem aos aliados na TunÃsia em maio de 1943, dando fim à guerra na Ãfrica.
[editar] A invasão da URSS
Soldados alemães em StalingradoVer artigo principal: Grande Guerra Patriótica.
Em 22 de Junho de 1941, os exércitos do eixo lançaram-se à conquista do território soviético, com a chamada Operação Barbarossa. Os exércitos do eixo contavam com 180 divisões, entre tropas alemãs, italianas, húngaras, romenas e finlandesas, num total de mais de três milhões e meio de soldados. A estes se opunham 320 divisões soviéticas, num total de mais de seis milhões de homens; porém apenas 160 destas divisões estavam situadas na região de fronteira com a Alemanha Nazi. Grande parte das tropas soviéticas estavam estacionadas na região leste do paÃs, na fronteira com a China ocupada, antecipando a possibilidade de mais um ataque japonês contra a União Soviética, conforme acontecera em março de 1939.
A ofensiva era amplamente esperada, pois a invasão da União Soviética fazia parte do discurso nazista desde o surgimento do partido, tendo sido fortemente pregada por Adolf Hitler em seu livro "Mein Kampf" e estado presente em diversos de seus pronuciamentos polÃticos anteriores até mesmo ao inÃcio da guerra. Relatórios de serviços secretos davam conta da iminência da invasão, partindo não somente da espionagem soviética mas também de informações obtidas pelos ingleses e norte-americanos. A mobilização de grande número de tropas alemãs para a região de fronteira também foi percebida. Os soviéticos já vinham tomando medidas contra a invasão desde a década de 30, aumentando exponencialmente o contingente de seu exército.
Apesar de tudo isto, a invasão começa a 22 de junho de 1941 veio como uma surpresa, pois não se esperava que a Alemanha atacasse a URSS antes que a Inglaterra se retirasse da guerra, conforme se previa. O resultado disto foi uma enorme vantagem tática para as tropas alemãs nos primeiros dias da guerra, o que permitiu o envolvimento de grande número de divisões do exército vermelho e a destruição de grande parte dos aviões soviéticos ainda nas suas bases, antes mesmo que conseguissem levantar vôo.
As tropas do eixo foram divididas em três grupos de exércitos: norte, central e sul. O grupo norte atravessou os paÃses bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e marchou contra Leningrado (atual São Petesburgo), que foi atacada ao mesmo tempo pelos finlandeses, mais ao norte. A cidade foi completamente cercada a 8 de setembro de 1941; a partir de então só foi possÃvel abastecê-la pela rota que atravessava o lago Ladoga, constantemente vigiada pelos aviões alemães. O resultado foi uma grave crise de fome, que segundo as estimativas teria vitimado por volta de um milhão de civis. A partir de 20 de novembro de 1941, foi possÃvel estabelecer uma rota segura para Leningrado através do lago congelado, devido à recaptura do eixo ferroviário na cidade de Tikhvin, o que permitiu a evacuação de civis, melhorando a situação da cidade. O cerco de Leningrado só foi completamente levantado em Janeiro de 1944.
O exército central foi o que progrediu mais rapidamente, tendo conquistado completamente a cidade de Minsk a 29 de junho de 1941, operação que resultou na captura de 420 mil soldados do exército vermelho. A ofensiva prosseguiu com o grupo central marchando através da Bielorússia até atingir a cidade de Smolensk, penetrando finalmente no território da Rússia propriamente dita. Aqui o avanço das tropas alemãs foi interrompido pela primeira vez, dada a forte resistência oposta pelas tropas soviéticas, porém a cidade foi conquistada a 16 de julho.
O exército sul prosseguiu mais vagarosamente do que os outros dois, sendo forçado a combater no terreno dos pântanos Pripet, o que reduzia a velocidade dos avanços. Apesar disso, conseguiu empurrar o grupo sul do exército vermelho até a cidade de Kiev, onde seu avanço foi interrompido. Aproveitando-se do fato de que o exército central havia avançado muito mais adiante, os alemães deslocaram boa parte desse segundo grupo de exércitos para o sul, conseguindo assim envolver um enorme grupo de divisões no que ficou conhecido como o bolsão de Kiev. O resultado foi a captura de 700 mil soldados soviéticos, o que resultou praticamente na destruição do grupo sul do exército vermelho. A luta pela captura da capital da Ucrânia prosseguiu até 26 de setembro.
Após esta operação, o grupo sul do exército lançou-se à captura da penÃnsula da Criméia. Esta operação seria concluÃda a 30 de outubro, com o cerco da cidade de Sebastopol que, no entanto, só foi capturada em Julho de 1942. A cidade de Odessa, sitiada por tropas romenas desde os primeiros dias da guerra, só foi tomada em setembro. Após capturar o território da Criméia, os alemães voltaram-se para o Cáucaso, chegando a tomar Rostov a 21 de novembro. Entretanto, a cidade foi retomada pelos soviéticos poucos dias depois, a 27 de novembro.
As tropas do exército central uniram-se a várias unidades do grupo norte e iniciaram a operação que tinha por objetivo envolver a cidade de Moscou, a 30 de setembro de 1941. Inicialmente as tropas do eixo prosseguiram com velocidade, capturando Bryansk, Orel e Vyazma, numa batalha em que foram cercados e capturados 650.000 homens, no que seria o último grande envolvimento em 1941. As tropas alemãs continuaram avançando até capturarem a cidade de Tula, a 165 quilômetros da capital russa, que passou a sofrer bombardeamentos aéreos. Entretanto, o avanço do exército alemão foi barrado, e as pinças norte e sul do ataque não puderam se encontrar, fechando o cerco. Apesar das gigantescas perdas que o exército vermelho havia sofrido, os soviéticos conseguiram formar novas divisões de conscritos, trazendo também para o front oeste tropas anteriormente localizadas na região leste do paÃs, repondo suas perdas e conseguindo dar combate aos alemães.
No dia 6 de dezembro, em pleno inverno, começou a contra-ofensiva dos russos, chefiada pelo general Georgy Zhukov. Utilizando equipamentos novos como os tanques T-34 e os morteiros foguetes Katyusha, o exército vermelho conseguiu retomar uma quantidade significativa de território, afastando definitivamente a ameaça que pairava sobre sua capital.
Em 1942, o exército alemão já não se encontrava em condições de tentar uma nova ofensiva contra Moscou, que também seria demasiadamente previsÃvel. A Wermacht voltou-se então contra a região do Cáucaso, de grande importância econômica e militar devido a seus recursos petrolÃferos (reservas de petróleo soviéticas no mar Cáspio), industriais e agrÃcolas. Além disso, a conquista da região permitiria bloquear o rio Volga. A operação de captura do Cáucaso foi chamada de operação Azul e teve inÃcio em 28 de junho de 1942. No final do mês de julho os alemães já haviam avançado até a linha do rio Don e começaram os preparativos para o envolvimento da cidade de Stalingrado, defendida pelas tropas do General Chuikov. A cidade sofreu pesados bombardeamentos aéreos.
No fim de Agosto, a cidade foi cercada ao norte e no 1º de setembro as comunições ao sul também foram interrompidas. A partir de então, as tropas que combatiam na cidade só puderam ser abastecidas através do rio Volga, constantemente bombardeado pelos alemães. A batalha pela cidade durou três meses, conhecendo avanços e recuos de ambas as partes, com lutas sangrentas pela conquista de simples casas, prédios ou fábricas. O tipo de terreno resultante das ruÃnas da cidade arrasada favorecia o combate de infantaria, impedindo a utilização eficiente de tanques. Milhares de civis aprisionados no interior da cidade foram vitimados, principalmente em conseqüência dos bombardeamentos. Em novembro, os alemães haviam alcançado a margem do rio Volga, impedindo o abastecimento das tropas soviéticas.
No inÃcio de 1943, os soviéticos iniciaram seu contra-ataque, batizado de Operação Urano, que tinha o objetivo de envolver as divisões alemãs em Stalingrado. Em 19 de novembro, as tropas do general Vatutin, que formavam a pinça norte do ataque, irromperam contra o flanco dos exércitos do Eixo, enquanto ao sul as tropas de Rokossovsky faziam o mesmo. Os alemães foram cercados pelo Exército Vermelho e as tentativas de abastecê-los através de uma ponta aérea não tiveram sucesso. Uma tentativa de romper o cerco foi feita pelas tropas do General Manstein, numa operação chamada de Tempestade de Inverno, porém as tropas cercadas no interior da cidade já estavam sem abastecimento há um bom tempo e não tiveram condições de colaborar com as demais tropas alemãs. Os soviéticos continuavam seu contra-ataque (agora a Operação Saturno), ameaçando envolver os exércitos de Manstein, que foi forçado a abandonar sua tentativa de salvamento e retirar-se. A 2 de novembro, os alemães remanescentes na cidade rendem-se. Mais de 800 mil soldados do eixo, entre alemães, húngaros, romenos e italianos, além de dois milhões de soviéticos, morreram nas operações que envolveram Estalingrado e todo o restante do 6º Exército alemão foi cercado e feito prisioneiro de guerra. Devido à s rigorosas dificuldades do inverno nesse ano, que dificultava a subsistência até da população local, um grande número dos soldados alemães, sem proteção contra o frio nos campos de prisioneiros, não sobreviveu. Após a tomada de Stalingrado, as tropas soviéticas continuaram avançando e em fevereiro de 1943 retomaram Kursk, Kharkov e Rostov, retomando completamente a região do Cáucaso. A 20 de fevereiro, os alemães retomaram Kharkov, formando uma saliência no front soviético em Kursk, o que teria importantes conseqüências nos meses seguintes.
Embora o significado das batalhas entre Alemanha e URSS tenha sido enormemente relativizado no mundo capitalista pós-guerra, por conta de questões ideológicas próprias da Guerra Fria (quando não era mais conveniente ressaltar qualidades positivas do antigo aliado soviético...), o chamado fronte oriental foi onde aconteceram as mais ferozes batalhas, com as maiores perdas civis e militares da história, e mostrou excepcionais tenacidade e capacidade de reorganização e aprendizado do Exército Vermelho frente à Wehrmacht. Apesar de imensas perdas humanas e matérias, a URSS foi a única nação da guerra a ser invadida territorialmente pela Werhmacht (então o maior, melhor treinado, mais bem equipado, e mais eficiente exército do mundo, cujos vários feitos em eficiência e versatilidade em campo permancem inigualados até hoje) a ser capaz de se reorganizar, e, sem rendição ou acordos colaboracionistas (como o do “Governo de Vichy”, na França), resistir, combater, e efetivamente rechaçar as forças alemãs para fora de seu território sem tropas externas atuando em seu território (como na recuperação da França, por exemplo, precisou da ajuda maciça de tropas americanas e britânicas), e, mais importante, seguir um curso de vitórias até a capital da Alemanha - terminando, na prática, a guerra: poucos dias depois do suicÃdio de Hitler na Berlim já completamente ocupada pelo Exército Vermelho, as forças alemãs assinaram sua rendição incondicional.
[editar] A reconquista da Europa
Desembarque na costa da NormandiaA partir de 1943, os exércitos aliados foram recuperando território passo a passo. Os soviéticos obrigaram os alemães a retroceder e os norte-americanos ocuparam parte da Itália.
A 6 Junho de 1944, no chamado Dia D (D-Day), os Aliados efectuaram um desembarque nas praias da Normandia (Operação Overlord), em que participaram o Exército Britânico (lutando nas praias de Gold e Sword), o Exército Americano (lutando em Omaha e Utah) e o Exército Canadense (lutando em Juno). Os americanos sofreram por volta de duas mil baixas, pois os tanques Sherman, (disfarçados de Chatas pelo Exército Americano para os esconder, e torná-los um fator surpresa) afundaram. Já o Exército britânico não teve muitas baixas em Gold e Sword, pois seus tanques blindados e especializados (em cortar trincheiras e explodir minas) conseguiram ultrapassar. Era o inÃcio da Batalha da Normandia. A Wehrmacht, não conseguiu responder ao ataque devidamente, pois o comandante da área (à época, General Erwin Rommel) não estava presente, pois seu carro havia sido bombardeado durante uma viagem à Alemanha e, encontrava-se internado num hospital da Luftwaffe.
A juntar a este facto, a Wehrmacht era naquela zona principalmente constituÃda por homens recrutados à força, em paÃses invadidos pelos alemães. Especula-se também que, à hora da invasão, Hitler estaria a dormir, e nenhum dos seus subalternos se atreveu a acordá-lo, ou a dar ordem para que as divisões blindadas estacionadas no interior se dirigissem para a costa, a fim de deter a invasão. Outro factor que também atrasou a movimentação das divisões blindadas para a zona costeira foi a sabotagem, principalmente dos caminhos de ferro, por parte da resistência francesa. Na madrugada do dia 6, antes do desembarque, pára-quedistas haviam já saltado atrás das linhas alemãs, embora de forma desorganizada, tendo por isso a maioria destes falhado os locais de aterragem. O objectivo destes pára-quedistas era neutralizar as peças de artilharia alemãs colocadas no interior, que naturalmente iriam bombardear as tropas aliadas assim que estas chegassem à s praias.
Após o desembarque na Normandia, seguiu-se a operação Market Garden em Setembro de 1944, que tinha como um dos objectivos libertar os PaÃses Baixos. Esta operação foi superior à Overlord no que respeita ao número de soldados envolvidos (apenas pára-quedistas), mas resultou num enorme fracasso, contando-se cerca de 20 mil mortos, só entre os americanos, e 6500 britânicos foram feitos prisioneiros. O objectivo dos Aliados era conquistar uma série de pontes nos PaÃses Baixos, o que lhes permitiria atravessar o rio Reno.
[editar] A derrota do Eixo
Soldado soviético pendura uma bandeira soviética no ReichstagApesar da evidente superioridade militar aliada, as tropas alemãs resistiram durante meses, até que, em Dezembro de 1944, Hitler ordenou uma contra-ofensiva na Bélgica, nas Ardenas. Os exércitos aliados, desgastados devido a problemas logÃsticos, sustiveram com grande dificuldade o avanço das tropas alemãs. Várias unidades aliadas foram cercadas pelo avanço alemão, privando estes soldados de receberem mantimentos e outros equipamentos, pelo que tiveram de sobreviver a um inverno rigoroso sem roupa adequada e com poucas munições. Eram frequentes as incursões de soldados alemães, disfarçados de soldados americanos, em áreas controladas pelos aliados para causar sérios transtornos, como mudança de caminhos de divisões inteiras, mudanças de placas, implantações de minas, emboscadas. Estes soldados alemães, os primeiros comandos, estavam sob o comando do Oberst (Coronel) Otto Skorzeny, que já libertara Mussolini, entretanto aprisionado em Itália. Finalmente, a ofensiva alemã acabou por fracassar, e o custo em termos militares acabou por fragilizar a posterior defesa do território alemão. Na Itália, foi tomada a abertura ao Reno, com participação de forças francesas, americanas e a Força Expedicionária Brasileira, fato que facilitou o avanço aliado pelo sul.
Este mapa mostra a batalha entre o Eixo e os Aliados, desde 1939 até 1945: PaÃses de cor azul são os que aderiram aos aliados, de cor preta são os paÃses que fazem parte do Eixo e os que foram dominados pelos alemães, os de vermelho são os territórios que pertencem à União Soviética.Antes mesmo de findar a guerra, as grandes potências firmaram acordos sobre seu encerramento, além de definirem partilhas, inaugurando novos confrontos com potencial de desencadear uma hecatombe nuclear. O primeiro dos acordos foi a Conferência de Teerã, no Irã, em 1943.
Em Janeiro de 1945, Winston Churchill, Franklin D. Roosevelt e Josef Stalin reúnem-se novamente em Yalta, Ucrânia, já sabendo da inevitabilidade da derrota alemã, para decidir sobre o futuro da Europa pós-guerra. Nesta conferência, fica decidido que todos os paÃses libertados deveriam realizar eleições livres e democráticas - o que não se veio a verificar, nos paÃses controlados pelo Exército Vermelho - e que a Alemanha teria de compensar os paÃses que invadiu. Discutiu-se também a criação da Organização das Nações Unidas (ONU) em bases diferentes das da Liga das Nações. Definiu-se, ademais, a partilha mundial, deixando à União Soviética o predomÃnio sobre a Europa Oriental, incorporando os territórios alemães a leste e definindo a participação da URSS na rendição do Japão, com a divisão da Coréia em áreas de influência soviética e norte-americana. Assim, lançavam-se as bases para a Guerra Fria.
Entretanto, o avanço das tropas aliadas e soviéticas chegou ao território alemão. Previamente, havia já sido estabelecido o avanço dos dois exércitos, ficando a tomada de Berlim a cargo do Exército Vermelho. Esta decisão, tomada pelas esferas militares, foi encarada com apreensão pela população, pois era conhecido o rasto de pilhagens, execuções e violações (estupro), que os soldados soviéticos deixavam atrás de si, em grande parte como retaliação pela mortes causadas pelos soldados alemães na União Soviética (o paÃs com o maior número de baixas civis e militares de toda a guerra, cerca de 20 milhões). A 30 de Abril de 1945, Adolf Hitler suicidou-se, quando as tropas soviéticas estavam a exatamente dois quarteirões de seu bunker.
A 7 de Maio, o seu sucessor, o almirante Dönitz, assinou a capitulação alemã. A 14 de Agosto de 1945, o general Tojo do Japão rendeu-se incondicionalmente.
[editar] A guerra no PacÃfico
Pilotos kamikaze japoneses levaram a cabo corajosas missões suicidas contra os navios de guerra inimigos - em especial à armada dos Estados Unidos - inspirados pelas ideias do xintoÃsmo nacional. Estas missões suicidas levadas a cabo eram muito eficazes.Por volta de 1940, o Japão, tinha já ocupado vários territórios no PacÃfico, e tentava agora aumentar a sua influência no Sudoeste Asiático e no PacÃfico.
A Junho de 1941, o Japão, invade a Indochina. O governo dos Estados Unidos da América, indignado, impõe sanções económicas ao Japão. Como represália, a 7 de Dezembro de 1941, a aviação japonesa atacou Pearl Harbor, a maior base norte-americana do PacÃfico. Em apenas duas horas, os pilotos japoneses conseguiram inutilizar todos os navios ancorados no porto. No dia seguinte os EUA declaram guerra ao Japão, dando inÃcio à guerra do PacÃfico.
Apenas duas horas após o ataque que deu inÃcio oficial à guerra do PacÃfico, o ataque a Pearl Harbor, os japoneses iniciaram a invasão de vários territórios da Ãsia e do PacÃfico. Em Abril de 1942, o Japão, tinha já conquistado esses vastos territórios; controlando Hong Kong, a Malásia, Singapura — a qual a Grã-Bretanha abandonou a 15 de Fevereiro de 1942, a Indonésia, as Filipinas, a Birmânia e outras ilhas no PacÃfico.
O sucesso dos japoneses, devia-se à utilização de um pequeno número de tropas, mas altamente treinadas e protegidas por uma força aérea. Todos os seus conflitos durante a Campanha do Sul foram combatidas por algumas divisões apenas, praticamente sem tanques ou armas sofisticadas.
[editar] O fim da guerra
Nuvem em formato de cogumelo resultado da explosão nuclear sobre Nagasaki em 9 de agosto de 1945, que subiu 18 kmJá em 1944 a guerra na Ãsia começava a progredir devagar, já não mantendo o ritmo inicial da guerra. Em Março de 1944, as forças japonesas ocuparam a Birmânia e deram inÃcio a um ataque contra a Ãndia, mas acabaram por ser derrotadas em Impanhal. No Norte da China, as forças japonesas, começaram a enfrentar as forças comunistas de Mao Zedong. A Guerra Sino-Japonesa, que mobilizava mais de um milhão de homens, gastava mais recursos que a Campanha do Sul. Em 1944, depois de lançada a última ofensiva em Ichi Go, o Império japonês, tomou grande parte do Sul da China Central, estabelecendo uma ligação terrestre com a Indochina.
A quando a vitória japonesa na China, as forças Aliadas do PacÃfico haviam chegado perto do arquipélago nipónico. Em 1945, a captura das ilhas de Iwo Jima (em Fevereiro) e Okinawa (em Abril), pelos Aliados, trouxeram o Japão para dentro do alcance de ataques aéreos e navais, começando assim os bombardeamentos a fábricas e instalações militares na ilha principal. Esses bombardeamentos, executados por bombardeiros norte-americanos B-29 entre Março e Junho, acabaram por destruir 58 cidades japonesas, matando mais de 393 000 civis.
Em inÃcios de Agosto o Imperador Hirohito, verificando as elevadas perdas nos últimos conflitos, autorizou que o embaixador japonês na União Soviética contactasse Estaline para apresentar uma rendição do Japão. Estaline recebeu a mensagem algumas horas antes da conferência dos Aliados na Alemanha, apresentando assim a rendição japonesa a Harry Truman. Os Aliados pediam ao Japão uma rendição incondicional, contudo o Japão decidiu não responder devido aos termos de rendição dos Aliados não especificarem o futuro do Imperador — visto como um deus para o povo japonês — tal como o sistema imperial. Harry Truman, após a sua chegada à conferência, recebeu uma mensagem que indicava que o teste da bomba atómica "Trinity" tinha sido bem sucedido; decidido a ganhar a guerra utilizando o projecto Manhattan deu indicações a Estaline para ignorar a mensagem japonesa e Estaline também com a idéia de ganhar territórios no PacÃfico, ilhas conquistadas pelo Japão, concordou com Truman.
A 6 de Agosto, a bomba atómica "Little Boy", foi lançada sobre Hiroshima do B-29 "Enola Gay", pelo "esquadrão Atómico", contudo esta bomba não teve o efeito esperado, não tendo qualquer reacção no Imperador Hirohito e do Gabinete de Guerra japonês. Muito do povo japonês desconhecia ainda o ataque a Hiroshima, pois as estações de rádio e jornais não relataram nada sobre o ataque, apenas sobre um novo tipo de bomba desenvolvido.
Diplomata japonês assina a rendição a bordo do couraçado USS Missouri.A 8 de Agosto de 1945 a União Soviética declarou guerra ao Japão, como tinha concordado na conferência, e lançou uma invasão (Operação Tempestade de Agosto, August Storm) em grande escala à Manchúria, que se encontrava ocupada pelo Japão — tal invasão é reconhecida pelos japoneses como o que teve mais efeito para o fim da guerra.
Truman decidiu não esperar por uma resposta do Japão, ordenando assim o lançamento de uma segunda bomba atómica, a "Fat Man" que foi lançada pelo B-29 "Bock's Car" sobre Nagasaki a 9 de Agosto.
A 14 de Agosto o Japão rende-se incondicionalmente, após aquelas cidades terem sido atingidas pelos engenhos nucleares, que causaram cerca de 300 mil mortos instantaneamente, e um número indeterminado de vÃtimas posteriormente, devido à contaminação pela radiação. As chefias militares norte-americanas justificaram esta acção afirmando que uma invasão do Japão teria custos elevados em termos de vidas de soldados americanos.
O Japão assinou a rendição a bordo do USS Missouri, na baÃa de Tóquio, no dia 15 de Agosto, sendo celebrada a vitória nesse dia, conhecido como Dia V-J.
[editar] Brasil na Guerra
Ver artigo principal: FEB na segunda guerra mundial.
Embora estivesse sendo comandado por uma ditadura de direita (o Estado novo getulista), o Brasil acabou participando da Guerra, junto aos Aliados (junto às nações democráticas). O motivo foi que em Fevereiro de 1942, submarinos supostamente alemães iniciaram o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico. Em apenas cinco dias, seis navios foram a pique.
Durante 239 dias, entre Setembro de 1944 e Maio de 1945, 25445 soldados e oficiais brasileiros combateram na Itália. Tais confrontos resultaram em 456 mortos e 2722 feridos. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) capturou 14779 soldados inimigos, oitenta canhões, 1500 viaturas e 4 mil cavalos, saindo vitoriosa em oito batalhas.
A participação do Brasil na guerra contribuiu para o fim do regime do Estado Novo, já que não fazia sentido um paÃs combater dois regimes ditatoriais e conviver sob um, como foi denunciado pelo Manifesto dos Mineiros, de 1943,
Em troca do apoio brasileiro, Roosevelt financiou a construção de uma gigantesca siderúrgica, a CSN(Compania Siderúrgica Nacional), para incentivar a economia brasileira e fornecer aço à frente aliada (porém o término da siderúrgica só aconteceu em 1946). Além disso, foi instalada uma base militar no Rio Grande do Norte, encarregada de treinamento militar e produção de armamentos. Essa base, de tão importante que foi para o sucesso no desembarque na Normândia, foi apelidada na época de "Trampolim da Vitória", devido ao grande "salto" que ela proporcionou para a frente aliada.
Por mais que, comparada a atuação de potências como a URSS, os EUA e a Inglaterra, a atuação do Brasil tenha sido pequena, devemos considerar o enorme auxÃlio da FEB, da produção de aço e do "trampolim da vitória", que foram de grande auxÃlio no resultado geral. Além do que, se as relações internacionais continuassem da maneira que estavam, Getúlio Vargas provavelmente se aliaria a Hitler e este, com uma base na América, conseguiria pelo menos adiar muito o fim da guerra, se não vencê-la.
[editar] Portugal na Guerra
à preciso ter em mente dois pontos essenciais: o facto de que, durante a Segunda Grande Guerra, Portugal estar sobre um regime polÃtico quasi-fascista (Estado Novo) e que, embora se declarasse neutro, fosse um paÃs que vendia os seus produtos aos paÃses que pagavam mais, fossem aliados, neutros ou do eixo. O Estado Português, em Março de 1939, assina um Tratado de Amizade e Não Agressão com a Espanha nacionalista, representada pela Junta de Burgos e pelo Nuevo Estado dirigido por Franco, recusando o convite do embaixador italiano, em Abril do mesmo ano, para aderir ao Pacto Anti-Komintern, aliança da Alemanha, Itália e Japão contra a ameaça comunista.
Em Agosto de 1939, a Grã-Bretanha assina um acordo de cooperação militar com Portugal, aceitando apoiar directamente o esforço de rearmamento e modernização das forças armadas portuguesas. Todavia, o acordo só começará a ser cumprido a partir de Setembro de 1943. No dia 29 de Junho de 1940, Espanha e Portugal assinam um protocolo adicional ao Tratado de Amizade e Não Agressão. Embora se tenha declarado como um paÃs neutro, Portugal assina um Acordo Luso-Britânico, em Agosto de 1943, que concede ao Reino Unido instalações militares nos Açores, que será divulgado em 12 de Outubro seguinte. Embora, tal como já foi referido, Portugal fosse para todos os efeitos um paÃs neutro no panorama da Segunda Guerra Mundial, exportava uma série de produtos para os paÃses em conflito, como açúcar, tabaco e mesmo volfrâmio, produto cuja exportação é suspensa apenas em 1944, datando deste mesmo ano o acordo de concessão de instalações militares nos Açores com os Estados Unidos. Com o final da guerra, o governo de Salazar decreta luto oficial de três dias pela morte de Hitler aquando da sua morte, em 1945.
[editar] Consequências da Segunda Guerra Mundial
[editar] Humanas e materiais
Campo de concentração de Buchenwald. Fotografia tirada no dia da libertação do campo pelas tropas aliadas em Abril de 1945.Avalia-se em 50 ou 60 milhões o número de pessoas que morreram em consequência da guerra. As perdas foram superiores na Europa Oriental: estimam-se 17 milhões de mortes civis e 12 milhões de mortes militares para a União Soviética (em grande parte porque a ideologia nazista considerava povos eslávicos e de outras minorias soviéticas "sub-humanos", enquanto povos do oeste europeu, como franceses, eram mais respeitados, e os britânicos, por serem povos germânicos eram ainda menos maltratados), 6 a 7 milhões para a Polónia (primariamente civis), enquanto que na França o número rondaria os 600 000.
O Holocausto engendrado pelas autoridades nazis, como parte da "solução final" para o "problema judeu", levaria ao genocÃdio de cerca de seis milhões de judeus nos campos de concentração, para além de outras pessoas consideradas indesejáveis, como membros da etnia cigana, eslavos, homossexuais, portadores de deficiência e dissidentes polÃticos. Após a guerra cresceram as pressões sobre a Grã-Bretanha para o estabelecimento de um estado judaico na Palestina; a fundação do estado de Israel em 1948 resolveria a questão dos judeus sobreviventes na Europa, já que parte considerável deles migrou para o novo estado.
A guerra produziu igualmente um grande número de destruições materiais, relacionadas com o seu carácter de guerra de movimento (ao contrário da Primeira Guerra Mundial que foi uma guerra de frentes fixas).
[editar] Territoriais
Ver artigo principal: Descolonização da Ãsia e da Oceania.
Divisão da Alemanha pelas quatro potências vencedoras (1945-1949)As transformações territoriais provocadas pela Segunda Guerra começaram a ser delineadas pouco antes do fim desta. A Conferência de Yalta (4-12 de Fevereiro de 1945) teria como resultado a partilha entre os Estados Unidos e a União Soviética de zonas de influência na Europa. Alguns meses depois a Conferência de Potsdam, realizada já com a derrota da Alemanha, consagra a divisão deste paÃs em quatro zonas administradas pelas potências vencedoras. No lado Oriental, ficaria a administração sob incumbência da União Soviética e, no lado Ocidental, a administração ficaria sob incumbência dos Estados Unidos, França e Inglaterra, tendo estas duas últimas desistido da incumbência.
A Itália perderia todas as suas colónias; a Ãstria acabaria por ser integrada na Jugoslávia, tendo também sofrido pequenas alterações fronteiriças a favor da França.
O território da nação polaca desloca-se para oeste, integrando provÃncias alemãs (Pomerânia, Brandemburgo, Silésia), colocando a sua fronteira ocidental até aos cursos do Oder e do Neisse. A URSS progrediu igualmente para oeste, graças principalmente à reversão das perdas territoriais sofridas pelo Pacto de Brest-Litovsk: houve a criação da República Socialista Soviétida da Bielorússia (numa área de maioria étnica bielorussa, mas que havia sido concedida à Polônia), e também a ampliação da Ucrânia, que também havia perdido território, duas décadas antes, para a Polônia.
O Japão teve que abandonar, de acordo com o estabelecido no acordo de paz de 1951 com os Estados Unidos, a Manchúria e a Coreia, além dos territórios que havia conquistado durante o conflito. Nos anos 70, os Estados Unidos devolvem Okinawa ao Japão.
[editar] PolÃticas
Instalações da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. A fundação da ONU foi uma das consequências da guerra.No plano das relações internacionais, o fracasso da Sociedade das Nações em evitar a guerra levaria à criação de uma nova instituição, a Organização das Nações Unidas. Fundada em Junho de 1945, apresentou como objectivos assegurar a paz e a cooperação internacional. Uma das razões apontadas para o fracasso da Liga das Nações foi a igualdade entre paÃses pequenos e grandes, que bloqueava o processo de tomada de decisões. A ONU vai distinguir na sua organização interna cinco grandes paÃses, tidos como detentores de maiores responsabilidades, e os restantes; estes cinco paÃses possuem assento permanente no Conselho de Segurança, principal órgão da ONU, onde possuem direito de veto. Os outros membros do Conselho de Segurança são seis paÃses eleitos rotativamente.
As principais potências imperialistas (França e Inglaterra) saÃram da Guerra completamente arrasadas, tornado insustentável a manutenção de seus vastos territórios coloniais. Foi durante essa época que iniciou-se o movimento de descolonização afro-asiática.
A Segunda Guerra Mundial provocou igualmente o fim da hegemonia mundial da Europa e a ascenção de duas superpotências, os Estados Unidos da América e a União Soviética, que seriam os protagonistas da cena internacional durante o perÃodo conhecido como a Guerra Fria.
[editar] Bibliografia
Churchill, Winston (1948-53), The Second World War, 6 vols.
Gilbert, Martin (1995) Second World War, Phoenix, ISBN 1857993462
Keegan, John (1989) The Second World War
Liddel Hart, Sir Basil (1970), History of the Second World War Cassel & Co; Pan Books,1973, Londres
Williamson, Murray e Allan R. Millett, Allan R. (2000) A War to Be Won: Fighting the Second World War ISBN 067400163X
Overy, Richard, Why the Allies Won, Pimlico, 1995. ISBN 0712674535
Weinberg, Gerhard L., A World at Arms: A Global History of World War II (1994) ISBN 0521443172
Carrilho, Maria; Rosas, Fernando; Barros, Júlia; Neves, Mário; Oliveira, José Manuel; Matos-Cruz, José
1989, Portugal na segunda Guerra Mundial, Publicações Dom Quixote, Lisboa
Shirer, Willian, The Rise and Fall of Third Reich (1981) ISBN 0671728687
Fest, Joachim, HITLER (1991) ISBN 8520902960
Rémond, René, Introdução à História do Nosso Tempo. Lisboa: Gradiva, 2ª edição, 2003. ISBN 9726623758
[editar] Documentários
The World at War (em inglês)
Hitler's Plan to Bomb N.Y. (em inglês)
Tales Of The Gun: US Guns of WWII (em inglês)
Tales Of The Gun: German Small Arms Of WWII (em inglês)
Tales Of The Gun: Japanese Guns of WWII (em inglês)
Holywood and the Holocaust (HBO) (em inglês)
[editar] Filmes
TÃtulo Realização Ano
Inferno No. 17 (Stalag 17) Billy Wilder 1953
Os Canhões de Navarone (The Guns of Navarone) J. Lee Thompson 1961
O Mais Longo dos Dias (The Longest Day) Ken Annakin, Andrew Marton, Bernhard Wicki, Darryl F. Zanuck 1962
Morituri Bernhard Wicki 1965
The Dirty Dozen Robert Aldrich 1967
Tora! Tora! Tora! Richard Fleischer, Kinji Fukasaku, Toshio Masuda 1970
A Batalha de Midway (Midway) Charlton Heston e Henry Fonda - Universal Studios 1976
A Escolha de Sofia (Sophie's Choice) Alan J. Pakula 1982
O Império do Sol (Empire of the Sun) Steven Spielberg 1987
Memphis Belle Michael Caton-Jones 1990
A Lista de Schindler (Schindler's List) Steven Spielberg 1993
Stalingrado - A Batalha Final (Stalingrad) Joseph Vilsmaier 1993
A Vida é Bela (La Vita è Bella) Roberto Benigni 1997
The Thin Red Line Terrence Malick 1998
O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan) Steven Spielberg 1998
O Bandolim do Capitão Corelli (Captain Corelli's Mandolin) John Madden 2001
Inimigo às Portas (Enemy at the Gates) Jean-Jacques Annaud 2001
Pearl Harbor Michael Bay 2001
A Guerra de Hart (Hart's War) Gregory Hoblit 2002
O Pianista (The Pianist) Roman Polanski 2002
Códigos de Guerra (Windtalkers) John Woo 2002
Anne Frank Jon Blair 2001
Olga Jayme Monjardim Camila Morgado 2004
Roma cidade aberta (Roma città aperta) Roberto Rosselini 1945
[editar] Séries de TV
Band of Brothers
[editar] Jornais
The New York Times, edição de Terça-Feira, 6 de Junho, 1944
[editar] Jogos
Commandos
Wolfenstein 3D
Return to Castle Wolfenstein
Medal of Honor
Battlefield 1942
Brothers in Arms
Blitzkrieg
Call of Duty
Call of Duty 2
D Day
Earned in Blood
Hidden Stroke 2
Road to Hill 30
Day of Defeat
Day of Defeat Source
Hearts of Iron
Hearts of Iron 2
Pacific General
Panzer General I, II & III
V for Victory Utah Beach
V for Victory Velikiye Luki
V for Victory Market Garden
Heroes of the Pacific
[editar] Ver também